O apelido Matos (fig. brasão) teve origem na quinta do mesmo nome localizada em Argos, no município de Lamego.
À semelhança de outos apelidos como Coelho, Taíde, Carvalho, Fonseca, Machado, Frade e Cardoso, Matos provém da geração de Riba-Douro do conde Monio “o Gasco”. É a linhagem “postrimeira” das 5 que “andaram a filhar o reino de Portugal” (Livro Velho, 1270).
Monio “o Gasco” veio na armada dos Gascões para recuperar o Porto, na companhia dos filhos, de seu irmão Sesnando e de D. Onego, bispo de Vendôme e depois bispo do Porto.
Egas Moniz “o Velho”, falecido em 1022, juntamente com seu pai Monio e seu irmão Gomes, na conquista de Riba-Douro, casou com Toda Ermiges (filha de Ermígio Alboazar da Maia e de Vivili Trutesendes) e foram pais de Ermígio.
Ermígio Viegas (1047) foi patrono do mosteiro de Pendorada em Resende e de sua mulher Unisco Pais nasceu Egas.
Egas Ermiges “o Bravo”, referido entre 1071 e 1095, foi assim denominado pelo seu grande valor. Fundou o mosteiro do Freixo em Lamego, com sua mulher Godinha Eriz (filha de Ero Fernandes e de Ausenda). Foram pais de Paio.
Paio Viegas, herdado em Argos, fundou a quinta de Matos, em cerca de 1190, juntamente com sua mulher Aldara, donde nasceu Ermígio.
Ermígio Pais de Matos, herdeiro de seus pais, adoptou o apelido da dita quinta. Foi casado com Mécia Cardoso (filha de Soeiro Viegas Cardoso) e tiveram como filhos Afonso Ermiges do Amaral, Vasco Ermiges Cardoso e Paio Ermiges de Matos, o primogénito, que viveu no tempo de D. Sancho II, de D. Afonso III e consta nas Inquirições de D. Dinis (1284, 1288, 1301, 1303 e 1307).
Em Loulé, o primeiro que se encontrou do apelido foi Vicente Matos, a quem foi pago por João Afonso, em 1374, uma dívida de “2,5 quintais a 4 libras por quintal” (M. F. Botão, 2009).
Viveu em Apra, concelho de Loulé, Catarina de Matos casada antes de 1586 com Manuel Vaz Salem…
Outra Catarina de Matos, de Porches foi casada com João Gonçalves, em cerca de 1600 e faleceu em 1624 no lar de António Toscano…
