POESIA por Isidoro Cavaco | isidorocavaco@gmail.com

Era tradição, antiga,

Na Quinta-Feira da espiga

Ir ao campo passear.

Num convívio de alegria

Iam todos neste dia,

O seu raminho apanhar.

 

Entre as espigas douradas

E as papoilas encarnadas,

Numa alegre brincadeira,

Rapazes e raparigas

Apanhavam as espigas

E raminhos de oliveira,

 

Em sonhos de fantasia,

Entre risos de alegria,

Espigas e lindas flores,

No meio dessa magia

Às vezes também havia,

Algumas juras de amores.

 

Hoje está tudo mudado

E as tradições do passado

O tempo as fez esquecer,

É sempre bom relembrar

Para o povo recordar

E a tradição não morrer.

 

Para mostrar, com agrado,

O que foi nosso passado,

E que era tradição,

Vamos ver a desfilar

Artesãos a trabalhar,

Como nos tempos de então.

 

O povo vem com vaidade

Mostrar a realidade

Da cultura e tradições;

Para alguns é novidade,

Para muitos só saudade,

P’ra outros recordações.

 

Nesta festa da espiga

Toda a tradição antiga

É revivida de novo,

Ao mostrar a toda a gente,

Como era antigamente,

A vida do nosso povo.

 

Aos nossos Presidentes,

E a todas estas gentes,

Que à festa tudo dão;

Eu quero agradecer,

Por não deixarem morrer

Esta nossa tradição.