Lagos, no Algarve, é uma das zonas onde é mais caro comprar casa em Portugal, pelo perfil de imóveis de alta gama que tem para oferecer - sobretudo orientado para estrangeiros ou segunda residência.

Para fazer face à falta de oferta de habitação para as famílias locais de classe média e jovens, a Câmara Municipal de Lagos desenhou um ambicioso plano que passa pela compra de terrenos à Cooperativa CHESGAL e construção de apartamentos para colocar no mercado a custos controlados.  

No total, está prevista a construção de cerca de 100 novos fogos distribuídos por uma área de 9.280 metros quadrados (m2). Em reunião da Assembleia Municipal foi, recentemente, aprovada a compra, por mais de 1,2 milhões de euros, dos três lotes de terreno localizados na freguesia de São Gonçalo onde vai surgir este projeto imobiliário, promovido pela autarquia algarvia.

Esta iniciativa “representa um marco determinante na concretização do Programa de Habitação para o Município 2018-2021 aprovado recentemente”, pode ler-se na página de Internet da Câmara de Lagos.

Segundo a autarquia presidida por Maria Joaquina Baptista Quintans de Matos este programa prevê, entre outras ações, a construção de 195 novos fogos de iniciativa municipal, a maior parte dos quais a edificar na sede do concelho, onde as necessidades são mais sentidas. 

O site do Algarve Vivo recorda que a falta de habitação a preços acessíveis para os habitantes tem sido um dos grandes problemas do concelho, pelo que este é o primeiro grande investimento que a autarquia irá fazer para o minimizar. 

A publicação algarvia lembra que este município surge, com frequência, nas estatísticas entre os mais caros do país. E cita dados da Câmara que concluem que, até finais de março, nos seus serviços tinham dado entrada um total de 525 pedidos de habitação, dos quais 461 continuavam ativos e 32 eram considerados situações de emergência social.  

 

Por: Idealista