Muitos consumidores portugueses podem estar a pagar mais eletricidade do que deveriam. A culpa pode estar, por exemplo, na potência contratada – que muitas vezes é superior à necessária.

A pensar nisso, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) lançou um simulador online que permite estimar o valor de potência a contratar mais adequado para cada família.

novo simulador da ERSE recomenda o valor de potência a contratar pelos clientes de baixa tensão normal e com instalações elétricas monofásicas, e fornece informação sobre o valor que podem poupar com essa redução do nível de potência. Na prática, o simulador permite ao consumidor identificar os equipamentos elétricos que precisa de utilizar em simultâneo – por exemplo, o frigorífico, a televisão e a máquina de lavar loiça – para perceber qual é a potência mais adequada no seu caso.

“Se o consumidor baixar um escalão na sua potência contratada poderá conseguir uma poupança de pelo menos 22 euros por ano”, refere a ERSE, citada pela Lusa, adiantando que “essa poupança poderá ser ainda maior caso reduza a potência contratada até 3,5 kVA, beneficiando ainda da diminuição da taxa do IVA de 23% para 6% a partir de 1 de julho em Portugal continental”.

Deco quer IVA de 6% em toda a energia

A partir de 1 de julho, o IVA sobre a eletricidade e o gás natural vai baixar. Ainda assim, a medida só vai abranger a potência contratada mais baixa. A Deco - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor insiste que a redução do IVA seja alargada a todos os consumidores e todo o tipo de energia doméstica, da eletricidade ao gás, e quer levar essa proposta para a discussão do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020).

A associação decidiu criar a campanha “Bastam 6” – que já acolheu assinaturas de 70.000 consumidores – que reivindica que a taxa de IVA de 6% seja aplicada a toda a energia doméstica e não apenas a uma parcela da fatura.

“A descida do IVA na eletricidade deixa de fora metade dos consumidores, pois só estão abrangidos os contratos até 3,45 kVA. Já o gás engarrafado, usado por 70% das famílias portuguesas, vai continuar a ser penalizado com a taxa máxima (23%)”, lembra a associação.

Para a Deco “estas energias são um serviço público essencial, não devendo ser taxado a 23%”. A associação garante que vai “entregar aos partidos políticos uma reivindicação para que incluam nos programas eleitorais para as próximas legislativas a descida do IVA do gás natural e engarrafado e da eletricidade para a taxa reduzida (6% em Portugal Continental, 5% na Madeira e 4% nos Açores)”.

 

Por: Idealista