Os preços das casas em Portugal continuam a subir, mas não são acompanhados pelos rendimentos das famílias.

Em 2018, o salário médio por trabalhador subiu 2%, mas o custo nominal da habitação disparou mais de 10%, segundo os dados do novo outlook da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE). A disparidade na relação custo habitacional/rendimento familiar é cada vez maior.

O indicador que mede o custo da habitação em relação ao rendimento disponível das famílias portuguesas teve o maior agravamento do grupo da OCDE – foi registada uma subida de 6% nessa disparidade num grupo de 22 economias estudadas, segundo os cálculos do Dinheiro Vivo. Na prática, os portugueses são dos que mais perdem poder de compra face à subida flecha dos preços das casas.

Logo a seguir a Portugal aparece a Irlanda, que registou uma subida anual de 5,3% em 2018 na disparidade entre custo habitacional/rendimento familiar. Na terceira posição surge a Holanda, onde o aumento da disparidade foi de 5,2% .

No estudo, a OCDE mostra ainda que Portugal teve, em 2018, o segundo maior aumento nominal do preço das casas (num grupo de 33 países), registando uma subida superior a 10%. O mesmo não se verificou do lado dos salários, cujo aumento médio nominal se ficou nos 2% no ano passado. 

 

Por: Idealista