O Hotel Ria Park, no Vale do Garrão, recebeu, de 2 a 7 de junho, o XIII Seminário Internacional de «Gestão e Conservação da Biodiversidade», que este ano foi subordinado às temáticas da Paisagem, Vegetação e Alterações Climáticas, matérias que estão na ordem do dia em todo o mundo.

Realizado pela segunda vez em Portugal, depois de em 2012 ter decorrido no Parque Natural da Serra da Estrela, trata-se de um evento fundado pela Universidade de Jaén (Espanha), em 2007, e que este ano teve como principal desafio a compreensão do funcionamento dos ecossistemas, num cenário de alterações climáticas que podem implicar um conjunto de impactos na paisagem, em geral, e sobre a flora e vegetação, em particular.

Atualmente, as paisagens e seus ecossistemas estão sujeitos a uma sucessão de fenómenos biológicos que conduzem a equilíbrios naturais, mais ou menos frágeis que, ao serem destruídos, desencadeiam muitos dos processos degradativos atuais. Destes, os fenómenos associados às alterações climáticas que assumem uma magnitude crescente, deveras preocupante, podem provocar consideráveis contrariedades económicas e marcantes desequilíbrios ecológicos, constituindo-se, deste modo, como um fator de ameaça à biodiversidade. Assim, com a realização deste Seminário procurou-se contribuir para o conhecimento detalhado dos ecossistemas e do seu metabolismo biológico endógeno, preponderante para a tomada de decisões no âmbito do ordenamento e planeamento do território, tendo sempre em vista a conservação da natureza e a consequente valorização do património genético.

Participaram neste Seminário investigadores de universidades e centros de investigação de Portugal, Espanha, França e Itália, tendo sido realizadas 40 comunicações/conferências. As conclusões serão remetidas aos membros dos governos destes países que tutelam as áreas do ambiente e conservação da natureza, como contributo para criar sinergias tendo em vista o combate às alterações climáticas.

Refira-se que o evento contou com o alto patrocínio da Câmara Municipal de Loulé, entidade que, principalmente através da ação do seu autarca, Vítor Aleixo, foi pioneira neste alerta para os problemas das alterações climáticas, encetando ao longo dos últimos anos um conjunto de medidas que visam travar esta calamidade que põe em causa o futuro das novas gerações.

 

Por: CML/GAP /RP