Por Luís Pina | aragaopina59@gmail.com

Fala-se frequentemente de liberdade e democracia como se de valores absolutos em si mesmos se tratassem. Correndo o risco de ser erroneamente interpretado, sempre tive, todavia, as maiores reservas a este tipo de asserção ou abordagem pois considero que, a montante destes conceitos tão vulgarmente reclamados por muitos devem, (deviam!) observar-se valores que, propositadamente ou não, têm sido sonegados, desprezados ou remetidos para terceiros planos.

Arriscaria afirmar, aliás, que vivemos uma certa cultura de incitamento à rebeldia, à indisciplina, à desobediência como se a insubordinação e recusa ostensiva a todo e qualquer tipo de disciplina fossem sinal de afirmação pessoal, aceitação de grupo, modernidade ou vanguardismo. Como se o balizamento a valores morais fosse algo de negativo, empecilho a essa “liberdade” do “vai onde te lava o coração”, tão vastamente apregoada através, nomeadamente dessas famigeradas redes sociais e altamente propiciadora, outrossim, da libertinagem e decadentismo social reinante.

Preferindo mais o “vai onde te lava a razão”, entre o princípio sabiamente enunciado por um político célebre de que “a liberdade é tão preciosa que deve ser racionada” e essa liberdade maior que só podemos encontrar num conjunto fundamental de verdades bíblicas e cristãs, alicerce aliás da nossa própria identidade histórica, residem certamente formas muito mais razoáveis e responsáveis de encarar e viver a liberdade.