Obras de conservação e restauro da Torre 1 e Alçado Sul junto à entrada do Castelo de Silves tiveram início a 23 de setembro, sendo realizadas pela Câmara Municipal de Silves.
Os trabalhos ficarão a cargo do Serviço de Conservação e Restauro da Divisão de Cultura, Turismo e Património e do Serviço de Pedreiros da Divisão de Obras Municipais e Trânsito da autarquia, que realizarão trabalhos para reparar patologias e danos identificados.
 
No diagnóstico prévio das zonas em causa foi detetado o destacamento de elementos pétreos, que se deve à abertura de juntas provocada por envelhecimento e erosão das argamassas existentes, alterações resultantes da ação contínua de vários fatores ambientais.
O destacamento de elementos pétreos contribui para o aparecimento de diversas lacunas de material, que podem facilitar a nidificação de animais diversos, a colonização de vegetação infestante, a entrada de água naestrutura, entre outros.
 
O objetivo da proposta em causa será a conservação e restauro de características formais e funcionais, respeitando a sua integridade física e química, através de técnicas e materiais reversíveis e compatíveis com os materiais originais/existentes.
A intervenção neste Monumento Nacional (classificado como tal em 1910) pretende garantir a salvaguarda, seguindo o princípio da intervenção mínima que deve orientar sempre as intervenções  de conservação e restauro, bem como a segurança das pessoas que circulam diariamente por aquele Monumento Nacional e foi previamente aprovada pela tutela - a Direção Geral do Património Cultural -, tendo sido desenvolvido antecipadamente o diagnóstico do estado de conservação pela equipa de Conservação e Restauro da autarquia.
 
Considerando o valor histórico-cultural do segundo monumento mais visitado do Algarve, é de todo pertinente a intervenção prevista, tendo em vista a sua perpetuação para as gerações futuras.
 
A torre alvo desta intervenção apresenta um formato quadrangular e localiza-se num dos vértices do perímetro amuralhado, estrategicamente posicionada para defender o flanco oeste da principal porta da alcáçova. Trata-se da torre mais antiga deste dispositivo defensivo na qual ainda se conserva parte do aparelho original, designado por «soga e tição», cuja construção remonta ao domínio islâmico, presumivelmente durante o séc. X (período califal).
 
 
Por: CM Silves