A cidade da Lagoa, na ilha de São Miguel, nos Açores, vai ter um projeto de mobilidade sustentável, através de um circuito municipal de transportes públicos elétricos, informou hoje a presidente da câmara.

Cristina Calisto anunciou ontem um projeto de mobilidade sustentável “que desincentivará o uso de veículos motorizados e individuais, reequilibrando a afetação do espaço público aos diferentes modos de deslocação, através da criação de bolsas de estacionamento e a sua interligação regular com os serviços, comércio e equipamentos urbanos”, o que será garantido através de um circuito municipal de transportes públicos elétricos.

Segundo o comunicado remetido pela Câmara Municipal, o projeto será submetido pela autarquia ao programa de financiamento POAÇores2020.

O anúncio foi feito durante a cerimónia de lançamento da primeira pedra da construção do Passeio Marítimo da Cidade de Lagoa, que se realizou hoje e que contou com a presença da secretária regional dos Transportes e Obras Públicas, Ana Cunha.

A governante, citada em nota de imprensa enviada pelo executivo açoriano, salientou que, com este investimento, a Lagoa “reforça ainda mais o contributo que dá para o processo de desenvolvimento da região”, apontando para vários investimentos públicos e privados no concelho da ilha de São Miguel.

Para a secretária regional, esta empreitada dá uma “expressão prática” à aposta da autarquia em áreas fundamentais para a região, como o turismo, o ambiente e o ordenamento do território.

Para Cristina Calisto (PS), a obra é demonstrativa “da visão estratégica de desenvolvimento” para a Lagoa e irá “valorizar a zona costeira da cidade, os recursos naturais e a qualidade de vida dos lagoenses, com o acesso pedonal e uma ciclovia, que potenciará e valorizará a costa com um espaço de lazer e de prática de vida saudável”.

A obra, que tem um plano de execução de nove meses e está orçada em cerca de um milhão de euros, inclui a construção de uma ciclovia, em dois troços, um mirante e um centro interpretativo, numa extensão de 1.300 metros, entre o Portinho de São Pedro e o Largo do Cruzeiro.

O projeto prevê a utilização de materiais regionais, como a criptoméria, a pedra de basalto e espécies endémicas, “que têm durabilidade e pouca manutenção”, informa a nota do município.

 

Por: Lusa