INSTALAÇÃO DE DUAS NOVAS SIRENES ATÉ FINAL DO ANO
 
Nesta terça-feira, 5 de novembro, Portimão volta a assinalar o Dia Mundial de Sensibilização para o Risco de Tsunami, com um conjunto de iniciativas, entre as quais uma exposição e ações nas escolas.
 
Localizado numa zona de risco sísmico, Portimão é o primeiro município no país a ampliar a rede de sirenes, ficando operacionais até final do ano mais duas unidades, na sequência da parceria estabelecida em 2016 com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, tendo sido instalado um sistema-piloto para testar a respetiva adequabilidade.
 
Após diversos testes e consequentes estudos realizados pelas empresas especializadas, as novas sirenes ficarão instaladas no edifício da Capitania do Porto de Portimão e no Miradouro da Praia da Rocha, em complemento à unidade localizada na Fortaleza de Santa Catarina (Praia da Rocha), estando previstas, pelo menos, sete unidades para cobrir todas as áreas identificadas no Estudo de Risco Sísmico e Tsunami do Algarve.
 
Este quantitativo poderá variar em função dos testes à capacidade de propagação do som a realizar após a instalação de cada fase, o que determinará a localização dos próximos equipamentos, nas freguesias de Portimão e Alvor.
A medida surge no seguimento da publicação, já no presente ano, dos normativos que regulam os sistemas de aviso à população e a sinalética a utilizar em todo o território nacional, com o propósito de cobrir toda a zona litoral do concelho.
 
Trata-se de um investimento total de cerca de 200 mil euros, repartido em várias fases de implementação e suportado na íntegra pelo orçamento municipal.
 
AÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
Quanto à programação do Dia Mundial de Sensibilização para o Risco de Tsunami, o Mercado Municipal de Portimão recebe a partir de hoje, 5 de novembro, a exposição sobre o sismo de 1969 preparada pelo Centro Europeu de Riscos Urbanos e Sociedade Portuguesa Engenharia Sísmica, que ficará patente até ao próximo dia 11.
 
Ao longo destes dias, marcarão presença permanente técnicos da proteção civil, para prestar esclarecimentos, e alunos do Curso Técnico de Proteção Civil da Escola Poeta António Aleixo, que sensibilizarão os visitantes para a adoção de comportamentos preventivos, em particular nos locais de maior risco.
Em complemento a esta ação, e no âmbito do Programa Municipal «A Escola e os Riscos… Preparar para Proteger», terão início na EB da Pedra Mourinha um conjunto de ações de sensibilização dirigidas aos alunos sobre o risco de tsunamis e a constituição de ‘kits’ de emergência que devem estar permanentemente preparados, no âmbito do planeamento familiar de emergência.
 
PREVENÇÃO PIONEIRA
O Município de Portimão tem sido pioneiro no planeamento de medidas preventivas face a este fenómeno imprevisível, onde se destaca o trabalho de preparação em parceria com o Instituto Superior Técnico.
 
Nesse sentido, as unidades orgânicas responsáveis pelo ordenamento do território e os sistemas de informação geográfica concluíram um modelo de implementação de áreas seguras e caminhos de evacuação desde as zonas suscetíveis de penetração de um tsunami, até aos pontos de encontro para a população instalados em áreas previamente identificadas para o efeito, considerando também os efeitos de um sismo.
 
De referir que a cidade de Portimão se situa numa zona que pode ser profundamente afetada por um tsunami, tal como sucedeu em 1 de novembro de 1755 e que atingiu a região do barlavento algarvio.
 
Este evento histórico tem servido de suporte ao planeamento de emergência, às estratégias de mitigação do risco, bem como ao treino e conteúdo educacional que o Serviço Municipal de Proteção Civil tem vindo a desenvolver.
Considerando o tempo reduzido para reação a estes fenómenos imprevisíveis, foi iniciado um programa de sensibilização e informação abrangente e direcionado, tendo já iniciado nos estabelecimentos de ensino do concelho, prevendo-se ainda ações para residentes e empresários do turismo, hotelaria e restauração.
 
O Dia Mundial de Sensibilização para o Risco de Tsunami foi instituído pelas Nações Unidas, com o objetivo de alertar para a importância da preparação, em antecipação, reconhecendo os sinais de tsunami e interiorizando as medidas de autoproteção na sequência de um evento desta natureza.
 
Apesar de pouco frequentes, os tsunamis podem ser extremamente destruidores e mortais.
Nos últimos cem anos, mais de 260 mil pessoas perderam a vida em 58 ocorrências, perfazendo uma média de 4600 mortes por tsunami, ultrapassando qualquer
outro desastre ambiental.
 
 
Por: CM Portimão