O Poeta algarvio Paulo Constâncio, de Odeceixe, concelho de Aljezur, irá apresentar no próximo sábado, dia 19 de Setembro, pelas 18 horas, no Espaço +, em Aljezur, o seu mais recente livro de poesia “As Pústulas do Holograma seguido de Madrigais dum Sujeito Romanceado”, uma edição da Arandis Editora.
Sinopse:
“As pústulas do holograma seguido de Madrigais dum Sujeito Romanceado”, como o próprio nome sugere, é na verdade um dois-em-um. Dois cadernos de poesia à partida distintos, articulados com outros anexos e documentos avulsos. Atendendo às diferenças abissais entre as partes e considerando o momento em que todas elas congregam, estabelece-se um elo abstracto que interliga todos os elementos aparentemente dispersos. Inicialmente parecerá tarefa impossível cruzar essas composições dum timbre azedo, muitas vezes masoquista e sinistro, com a melancolia delicodoce que jorrá depois na outra parte em que se celebra o amor. Dito de outra forma: o cântico visceral da frustração e obstinação humana versus um amor cerebral emaranhado nas graças falaciosas e trocistas da lamechice.
Poder-se-á dizer que esta é uma empreitada que tem tudo para falhar e cair no vazio que apregoa. No entanto, até para que falhe, é necessário a aceitação do falhanço. Mas, até ver, é esse o dínamo que potencia os mecanismos que a movem e mantém fortificada.
Nota biográfica:
Paulo Constâncio, nascido nos finais da década de 80, é um indivíduo natural do concelho de Aljezur. Não lhe é reconhecido qualquer mérito académico e, para além do seu nascimento, quaisquer acontecimentos relevantes que contem a sua história. Como se tem vindo a tornar hábito, (de quando em quando e envolto no maior anonimato), aparece e volta a desaparecer no marasmo do quotidiano. Teima em afirmar-se poeta. Parece que a cisma continua e que, de facto, o sujeito não tem feito outra coisa senão andar embrulhado em deboches poéticos...