Entrevista | Luís Gomes lança Álbum «Fiebre» a solo (C/ Vídeo)

15:41 - 18/04/2019 ENTREVISTAS
Luís Gomes, ex-Presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, eleito pelo PSD durante 3 mandatos, deixou a carreira política no final do mandato em 2017, para se dedicar à música.

Luís Filipe Soromenho Gomes, nasceu a 14 de abril de 1973, em Vila Real de Santo António.

Licenciado em Engenharia do Território pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa, concluiu o Mestrado em Ciências Económicas e Empresariais na Universidade do Algarve. Deputado à Assembleia da República na IX Legislatura. Em 2010 foi eleito Presidente do PSD-Algarve.

 

V.A. - Como foram os seus primeiros passos no meio musical?

LG - Aprendi música aos 7 anos de idade. A minha paixão começou quando acompanhava, desde os 4 anos de idade, o meu pai que tocava na filarmónica de Castro Marim. Sempre tive grande paixão pela música.

 

V.A. - Nada fazia prever esse seu gosto pela música, pelo menos não era conhecida essa sua faceta. Como conseguiu reprimir essa sua vocação, enquanto exercia funções autárquicas e políticas?

LG - Todas as pessoas que se relacionam comigo, com maior proximidade, conheciam esta minha paixão. Nunca a reprimi, apenas não se tinha dado a oportunidade para a expor publicamente. O meu gabinete de trabalho tinha sempre música e enquanto trabalhava no gabinete, a música foi sempre a minha grande companhia.

 

V.A. - Qual o nome do seu 1º álbum a solo? Como descreve este trabalho?

LG - Chama-se Fiebre. Sai em plena Fiebre da música latina por todo o mundo e é o resultado do amadurecimento e conhecimento que tenho vindo a ganhar deste mundo da música. Um álbum que retrata episódios que sucederam, de sonhos e de experiências que todos nós já passámos ou gostaríamos de passar.

Um álbum onde participam diversos amigos meus que, de uma forma ou de outra, tiveram a responsabilidade da minha chegada a esta área.

 

V.A. - Onde, como e quando, vai ser o lançado este álbum?

LG - O Álbum foi lançado há três semanas no Alô Portugal na SIC. Em breve faremos um concerto de apresentação.

 

V.A. - Porque decidiu gravar o álbum em espanhol e não em português ou inglês?

LG - Porque estou bastante próximo da cultura latina, por diversas vicissitudes da minha vida e por ter nascido e vivido numa terra que faz fronteira com Espanha. A cultura espanhola está presente em todas as zonas raianas do nosso Pais. O Álbum tem também músicas em Português.

 

V.A. - Quem compõe as suas músicas?

LG - Integro a equipa de produção de todas as músicas e grande parte das letras fui eu que escrevi. Contudo, ao longo de todo o processo, convidei diversas pessoas que foram introduzindo tendências diferentes e o seu cunho pessoal.

 

V.A. - No verão de 2016 foi notícia o dueto feito com o artista cubano Baby Lores. Porque agora lança um disco a solo?

LG - Porque o projeto Baby Lores & Luis era um projeto que todos sabíamos que seria de curto prazo, visto que cada um tinha a sua carreira e as suas prioridades. O Lores tem a sua família e vida em Miami! Amanhã poderemos, sem qualquer problema, voltar a gravar outro álbum juntos. Somos muito amigos.

 

V.A. - Já tive oportunidade de ver o vídeo, além da paisagem, tem uma produção arrojada? Onde e por quem foi feita essa produção?

LG - Trabalhamos com pessoas jovens com grande talento. O segredo é fazermos muito bem, com poucos recursos. Folgo em saber que gostou e que acha a produção arrojada. Se lhe disser que o vídeo foi gravado em apenas um dia e por uma equipa constituída por apenas a modelo e o diretor? Um grande abraço para o talentoso diretor Neiver Alvarez.

 

V.A. - Desde muito novo, a música fez parte da sua vida? Sente que seria uma pessoa diferente, se a música não estivesse estado sempre ao seu lado?

LG - A música faz parte do meu ADN. Sem a música não seria eu mesmo. Seria outra pessoa, com outro nome.

 

 

V.A. - Já tem uma equipa preparada para os espetáculos de verão? Como é composta?

LG - Há dois anos que temos uma equipa montada por quem faz o management da minha carreira que é a empresa Dose de Sucesso. Composta por músicos, road manager, produtores, diretores musicais, etc... Temos uma estrutura profissional.

 

V.A. - Segundo sei, tem recebido convites para fazer espetáculos não só no Algarve mas por vários países? Desvende-nos um pouco mais…

LG - É verdade, temos tido algumas abordagens. Exemplo disso é que no próximo dia 3 de maio, parto para uma tourné de meios e de promoção em Miami, com alguns espetáculos agendados.

 

V.A. - Sente o apoio da sua terra? Dos seus concidadãos, que o elegeram por 3 mandados seguidos?

LG - O povo de Vila Real de Santo António, deu uma prova de inteligência ao Pais. Sempre separaram, sem preconceitos, o Luís Gomes – Presidente, do Luís Gomes -homem. Deram o exemplo e romperam as barreiras de alguma hipocrisia que existe atualmente na classe política e na sociedade em geral. As pessoas devem ser o que são e não o que as outras pessoas querem que sejam. Quem não é autêntico, não vive em si mesmo, vive sempre em função de terceiros. E o que será a vida para essas pessoas?

Vila Real de Santo António sempre quis o Luís, o filho do Agostinho da Drogaria Faísca.

 

V.A. - Com quem gostaria de partilhar um disco ou um espetáculo?

LG - Marc Anthony. Sei que esse dia vai chegar.

 

V.A. - Já em janeiro de 2017, revelou que queria ser feliz e que naquele momento a música era a sua felicidade. Para si o que é a Felicidade?

LG - Ontem fui ver, finalmente, o filme “Snu”. Aprendi uma frase lindíssima que foi dita por Sá Carneiro ao seu filho Francisco, “A ética é estar à altura do que nos acontece” e a sua pergunta fez-me lembrar essa frase.

A felicidade é; eu todos os dias sentir-me autêntico e sentir o desejo de viver e de fazer coisas diferentes…

 

Por: Nathalie Dias