Tolices bem humoradas

13:52 - 29/07/2019 OPINIÃO
por Natália Dias Pereira Salvador Sousa

É absolutamente raro, mas, ainda há quem duvide que os astronautas tivessem chegado à lua.

Tão antagónica é a minha convicção.

Acredito e simplifico o acontecimento. Pois às vezes apetece-me pensar que até de bicicleta a pedal lá chegaríamos, especialmente nas noites de lua cheia quando a ilusão ocular tanto nos faz parecer que ela está tão próximo. Tão próximo que às vezes falo para ela.

Não posso dizer o mesmo de Marte. Isso é outra coisa. Coisa que desconheço, apenas tenho ouvido falar da sua existência, desde sempre.

Mas, ao que parece, fermentam as expetativas e esperanças de para lá ir viver.

A meu ver, acho que está a acontecer um meio, um ensaio para comunicarmos uns com os outros à distância. Aliás, ainda que perto uns dos outros, o uso da comunicação já quase não se faz pessoalmente.

É notável e impressionante a dificuldade que hoje se tem para poder falar com quem quer que seja, quando esteja perto ou junto de nós.

Logo que dirigimos uma pergunta ou palavra, tão rapidamente nos será dito – “agora não... por favor, estou a falar com...”

Quando queremos falar com alguém que está por perto, dirigimos as palavras, mas logo reparamos que a pessoa está ocupada, em comunicação com... E então só conseguimos dizer, - “ai … perdão, não reparei que estava, (ou estavas) a falar”.

E desta forma, quer em casa quer na rua, já quase não há ninguém disponível para falar pessoalmente.

Leva-me isto a pensar que será a base, a preparação para a vivência futura.

Para Terra-Marte …Marte –Terra?

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