Despedimento massivo na Ryanair é rombo no Algarve e pode ser primeiro passo para a perda de rotas

09:23 - 07/08/2019 POLÍTICA
Foi ontem conhecido, ao princípio da noite, a intenção da Ryanair proceder ao despedimento de mais de 100 trabalhadores sediados no Aeroporto Internacional de Faro, e retirada da base de Faro, aberta em 2010 por recurso a um programa que desembolsou fundos do Estado para esse efeito.

Cristóvão Norte, deputado do PSD,  assinala que “ esta é uma péssima notícia para a região que persiste na dependência de dois ou três operadores de grande dimensão que quando nos viram as costas provocam verdadeiros terramotos económicos e sociais”, referindo que “ se é verdade que os governos não podem controlar estas decisões, por maioria de razão deveriam promover uma economia mais diversificada, com outros sectores com força na região, para que seja possível suportar choques desta natureza”, sendo que este,” se o Brexit vier a ter lugar, pode culminar na perda de muitas rotas do mercado britânico em razão da perda de valor da libra. Este foi só o primeiro passo e uma das razões para que seja Faro das primeiras a cair são essas perspectivas sombrias.”

O deputado algarvio sublinha que “ há mais de três anos que o Brexit está no radar, muito pouco se fez e tem que se aproveitar a oportunidade para transformar uma economia baseada num sector importante, mas que não pode ser o único a puxar a região”. Importa também, por outro lado, conhecer em detalhe “ os acordos celebrados entre o Estado e a empresa para verificar se alguma clausula não está a ser cumprida e se, no presente quadro, a legislação laboral é cumprida, de modo a que os funcionários sejam o menos prejudicados possível e, entretanto, começar a procurar operadores alternativos de forma a precaver o futuro. A TAP que se diz ter voltado a ser pública, por exemplo, sempre fez muito pouco pelo Algarve, está na hora de fazer algo mais!”, relembrando a este respeito o escasso número de voos para a região e também no caso de programas internacionais como o STOP OVER, o Algarve estar de fora.

 

Por: Cristóvão Norte