A Ryanair decidiu abandonar a rota entre o Porto e Lisboa a partir de 25 de outubro «por razões comerciais», disse fonte oficial da companhia aérea, garantindo que continuará a «operar 57 rotas do Porto e 30 de Lisboa».
Esta informação foi hoje avançada pelo Jornal de Notícias que dava conta de que já não era possível marcar voos para o mês de novembro.
«Devido a razões comerciais, a nossa ligação entre o Porto e Lisboa deixará de operar a partir de 25 de outubro», respondeu a companhia aérea, questionada pela agêcnia Lusa.
«No entanto, continuaremos a operar 57 rotas do Porto e 30 de Lisboa no inverno de 2019», contrapôs a Ryanair.
O Jornal de Notícias recordou que em março a empresa já tinha indicado que «a rota doméstica Lisboa-Porto está servida por vários meios, inclusive ferroviário e rodoviário", considerando "mais importante apostar em rotas para fora, havendo constrangimentos na Portela».
Já a TAP anunciou, em 13 de agosto, que, em 2020 a ponte aérea do Porto para Lisboa iria ganhar «mais uma frequência diária em relação ao verão de 2019».
A Ryanair adiantou hoje que chegou a acordo com a ANA – Aeroportos de Portugal para manter a base em Faro, ainda que mais reduzida, bem como de uma parte dos postos de trabalho, de acordo com uma nota enviada à agência Lusa.
Assim, a companhia aérea «confirma que chegou a um acordo com a ANA, operador do aeroporto de Faro, que poderá permitir cancelar o encerramento previsto da sua base com três aviões neste inverno», lê-se no comunicado.
No entanto, a empresa salientou que a continuação da presença em Faro «poderá agora ser possibilitada pelo acordo das tripulações baseadas» nesta infraestrutura «em mudar para contratos sazonais, para refletir a natureza sazonal do tráfego de e para o Algarve».
Citado na mesma nota, Micheal O’Leary, que é agora presidente da Ryanair Holdings, adiantou que «ainda que este acordo preserve a maioria dos empregos de pilotos e tripulantes em Faro neste inverno, a redução de três para dois aviões na base deverá conduzir a uma diminuição de perto de 80 postos de trabalho no pessoal de cabine contratado».
O mesmo responsável referiu que esta redução pode ser menor, atingindo menos de 50 trabalhadores, «com alguns desses membros das tripulações a assegurar vagas em outros locais da rede da Ryanair na Europa».
Por: Lusa