Apelido Franco

16:33 - 06/02/2020 OPINIƃO
GENEALOGIA por Manuel da Silva Costa | mscosta2000@hotmail.com

Os de apelido Franco (fig. brasão) descendem de Robert de la Corne, que com o seu irmão Guillaume integraram a Segunda Cruzada e participaram na reconquista de Lisboa (1147). Esta Cruzada surge como resposta á conquista (1144), pelos Turcos Seljúcidas, do Condado de Edessa, vassalo do Reino Latino de Jerusalém que havia sido fundado em 1100, durante a Primeira Cruzada. Responderam á chamada do Papa Inocêncio III os Reis Luís VII de França e Conrado III da Germânia. A operação saldar-se-ia num total fracasso não fora a ação dos cruzados que viajaram por mar e participaram na reconquista de Lisboa.

Pelo apelido, os irmãos seriam naturais de La Corne, nos arredores de Angers, capital do Condado de Anjou (França). D. Afonso Henriques recompensou Guillaume como Alcaide-mor de Atouguia e Robert como Senhor de Vila Franca de Xira e por morte do irmão, Alcaide-mor de Atouguia. Posteriormente ficou também Alcaide-mor de Azambuja (Felgueiras Gaio, 1678).

Do casamento de Robert, em Portugal, nasceu João Roberto de la Corne “o Franco”, que lhe sucedeu como Alcaide-mor de Atouguia

Gonçalo Anes Franco, Alcaide-mor e Senhor de Atouguia, foi filho de João Roberto e casou com Teresa Gil (filha de Gil Varela e de Estevainha Pires). Tiveram geração continuadora do apelido que se espalhou pelo País.

Um dos ramos desta família chegou ao Algarve via Gonçalo Franco e Maria Álvares, que casaram por volta de 1650 na Freguesia de S. João da Ribeira, termo de Ponte de Lima, no Distrito de Viana do Castelo.

Aleixo Franco, filho de Gonçalo e de Maria Álvares, veio casar a Estômbar, em 1673, com Margarida Gonçalves (filha de António Fernandes Barroso e de Catarina Gonçalves).

Aleixo e Margarida foram por sua vez pais de Lourenço Franco, o qual casou em Silves com Antónia Rodrigues Rocha e em segundas núpcias, em 1717, com a também viúva (do alferes Sebastião Martins) Maria de Jesus Martins. À data do casamento de sua filha Isabel Maria com Domingos dos Santos, em 1736, Aleixo já tinha falecido.