Covid-19 | Ministério da Agricultura alerta para informações falsas sobre possibilidade de contágio por frutas e legumes

17:21 - 28/03/2020 ECONOMIA
O gabinete da Ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, recomenda aos cidadãos que «não tomem em conta as notícias falsas ou não fundamentadas e os boatos que circulam neste período acerca da contaminação pelo novo coronavírus através dos alimentos, nomeadamente frescos».

Em comunicado, o Ministério da Agricultura realça que o Conselho Científico da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, recomenda que antes da preparação, confeção e consumo de alimentos, se devem reforçar as medidas de higiene que já antes da pandemia eram recomendadas:

– Lavar longamente as mãos secando-as em seguida, tendo cuidado de não voltar a por a mão lavada na torneira, fechando-a com uma toalha de papel;

– Desinfetar as bancadas de trabalho e as mesas com produtos de limpeza;

– Não misturar comida cozinhada e crua durante a preparação;

– Evitar partilhar comida ou objetos durante a refeição;

– Lavar longamente os alimentos crus.

Reforçar as medidas de prevenção

“Não havendo provas científicas de que o novo coronavírus seja transmissível através da ingestão de comida, devem, contudo, ser mantidas e reforçadas as medidas de prevenção de higiene pessoal e da cozinha seja em casa ou em cozinhas profissionais”, acrescenta o mesmo comunicado.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) acompanha esta situação “de forma contínua e sempre que se justifique divulgará novas informações”.

Por outro lado, a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar e a Organização Mundial da Saúde “não encontraram, até ao momento, prova de qualquer tipo de contaminação através do consumo de alimentos cozinhados ou crus”.

O Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças considera que, apesar de se suspeitar que o novo coronavírus é de origem animal, atualmente a sua transmissão ocorre pessoa e pessoa por contacto próximo com pessoas infetadas pelo vírus, ou superfícies ou objetos contaminados.

“Porém, deve ser aplicado o princípio da precaução, reforçando as boas práticas de higiene e segurança alimentar durante a manipulação, preparação e confeção dos alimentos”, realça o gabinete de Maria do Céu Albuquerque.

 

Por: Agricultura e Mar Actual