O setor do alojamento turístico registou uma queda de 83,5% nos proveitos para 76,6 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, a acompanhar a queda do número de dormidas, segundo dados hoje divulgados pelo INE.
Segundo os dados da atividade turística de março, hoje divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no primeiro trimestre de 2021, verificou-se uma diminuição de 80% das dormidas totais, resultante de quebras de 59,3% nos residentes e de 90,0% nos não residentes.
Considerando apenas o mês de março, o setor do alojamento turístico registou 283,7 mil hóspedes e 636,1 mil dormidas, representando quedas de 59% e 66,5%, respetivamente (-87,1% e -87,8% em fevereiro, pela mesma ordem), refere.
As dormidas de residentes diminuíram 20,2% (-74,9% em fevereiro) e as de não residentes recuaram 86,2% (-94,5% no mês anterior).
“Note-se que estas variações homólogas, em março, incidem sobre o primeiro mês de 2020 em que o impacto da pandemia covid-19 já foi sentido significativamente”, sinaliza o INE.
Os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram assim em março 26,4 milhões de euros no total e 20,6 milhões de euros relativamente a aposento, correspondendo a quedas homólogas de 73,5% e 71,4%, respetivamente (-90,5% e -89,7% em fevereiro, pela mesma ordem).
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 7,3 euros em março, diminuindo 50,2% (-79,7% em fevereiro).
O rendimento médio por quarto ocupado atingiu, por sua vez, os 51 euros em março, o que se traduziu numa descida de 22,5% (-28,0% em fevereiro).
Em março, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 308 mil hóspedes e 768,4 mil dormidas, correspondendo a variações de -58,4% e -63,7%, respetivamente (-86,7% e -86,1% em fevereiro, pela mesma ordem).
Em março, todas as regiões registaram decréscimos das dormidas, verificando-se as menores diminuições no Alentejo (-16,5%), Açores (-36,1%) e Centro (-39,3%), enquanto as restantes regiões registaram decréscimos superiores a 50%.
A Área Metropolitana de Lisboa concentrou 25,6% das dormidas, seguindo-se o Norte (20,2%), o Centro (15,3%) e o Algarve (13,7%).
No conjunto dos primeiros três meses do ano, as regiões que apresentaram menores diminuições no número de dormidas foram o Alentejo (-59,4%), Açores (-67,0%), Centro (-71,3%) e Norte (-75,2%), enquanto as restantes regiões registaram decréscimos superiores a 80%, acrescenta o INE.