As dormidas de turistas residentes atingiram em agosto o valor mensal mais elevado desde que há registos, aumentando 24,2% em termos homólogos, para 4,2 milhões, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com os dados hoje divulgados pelo INE, as dormidas de turistas dos mercados externos cresceram em agosto 94,5%, totalizando 3,3 milhões.
Comparando com agosto de 2019, observa-se um crescimento de 22,6% nas dormidas de residentes e um decréscimo de 46,9% nas dormidas de não residentes.
No total, o setor do alojamento turístico em Portugal registou 2,5 milhões de hóspedes e 7,5 milhões de dormidas em agosto de 2021, correspondendo a aumentos de 35,6% e 47,6%, respetivamente (+60,4% e +73,0% em julho, pela mesma ordem). O peso do mercado interno no total das dormidas ascendeu a 56,2%.
Os níveis atingidos em agosto de 2021 foram, no entanto, inferiores aos do mesmo mês de 2019, tendo o número de hóspedes e de dormidas diminuído 23,6% e 22,1%, respetivamente.
As dormidas na hotelaria (81,0% do total) aumentaram 49,7% (-22,2% face a agosto de 2019), enquanto as dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 13,1% do total) cresceram 47,9% (-31,1% face ao mesmo mês de 2019) e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 6,0%) aumentaram 23,2% (+11,6% face a agosto de 2019).
Em agosto, nota o INE, 16,5% dos estabelecimentos de alojamento turístico ainda estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (20,4% em julho).
A totalidade dos 17 principais mercados emissores de turistas para Portugal registou aumentos em agosto, tendo representado 90,2% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico neste mês.
O mercado espanhol respondeu por 20,9% do total de dormidas de não residentes, seguindo-se os mercados francês (quota de 17,7%), britânico (14,4%) e alemão (7,6%).
No acumulado dos primeiros oito meses do ano, as dormidas totais aumentaram 11,8% em termos homólogos, na sequência de variações de +29,1% nos residentes e de -6,4% nos não residentes. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 58,4% (-18,9% nos residentes e -75,6% nos não residentes).
Entre janeiro e agosto de 2021, as dormidas de residentes representaram 59,3% do total, “significativamente acima” da quota verificada em 2019 (30,4% do total).
Neste período, o INE aponta crescimentos nos mercados polaco (+147,9%), belga (+56,4%), suíço (+49,7%), irlandês (+40,1%), francês (+26,3%) e espanhol (+9,6%), enquanto os restantes principais mercados registaram decréscimo.
Numa análise regional, o Algarve concentrou 36,7% das dormidas em agosto, seguindo-se a Área Metropolitana (AM) de Lisboa (15,7%), o Norte (15,2%), e o Centro (12,2%).
Nos primeiros oito meses do ano, registaram-se diminuições no número de dormidas na AM Lisboa (-9,9%), enquanto as restantes regiões apresentaram crescimentos, com realce para a evolução apresentada pela Região Autónoma (RA) dos Açores (+95,1%).
Entre janeiro e agosto, em termos de dormidas de residentes, registaram-se aumentos em todas as regiões, com destaque para as evoluções registadas na RA Madeira (+117,6%), RA Açores (+99,2%) e Algarve (+38,9%).
Neste período, verificaram-se crescimentos no número de dormidas de não residentes na RA Açores (+87,3%), Alentejo (+5,2%), RA Madeira (+4,9%) e Centro (+3,3%). A maior redução registou-se na AM Lisboa (-24,2%).
A estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,95 noites) aumentou 8,8% em agosto (+7,8% em julho), em resultado de subidas de 8,1% na estada média dos residentes (para 2,79 noites) e de 6,0% na dos não residentes (para 3,17 noites).