Portugal voltou a alcançar dois novos máximos de testagem diária à covid-19 na quinta-feira e na sexta-feira, com a realização de 620 mil testes realizados, revelou hoje o Instituto Nacional de Saúde (INSA) Ricardo Jorge.
“Portugal alcançou, nos dias 23 e 24 de dezembro, dois novos máximos de testagem diária à covid-19, com mais de 620 mil testes de diagnóstico realizados em apenas dois dias”, refere o INSA, avançando que a taxa de positividade foi de 4,6%”, refere o INSA, em comunicado, que cita os dados da task force da testagem.
Segundo o INSA, do total de testes efetuados, cerca de 132 mil foram testes TAAN/PCR e mais de 488 mil Testes Rápidos de Antigénio (TRAg) de uso profissional.
Estes números não incluem os autotestes.
Aquele organismo precisa que em 23 de dezembro realizaram-se perto de 360 mil testes, um novo máximo de testagem diária, e em 24 de dezembro mais de 260 mil testes, naquele que foi o segundo dia com mais testes efetuados desde o início da pandemia, em março de 2020.
O INSA avança que, até à data, já foram realizados em Portugal mais de 25 milhões de testes de diagnóstico à covid-19, aproximadamente 16,2 milhões de testes TAAN/PCR e cerca de 8,9 milhões de TRAg de uso profissional.
“Entre 01 e 24 de dezembro efetuaram-se mais de 3,7 milhões de testes de diagnóstico à covid-19, com uma média diária de cerca de 155 mil testes, dos quais mais de 1,1 milhões foram TAAN/PCR e perto de 2,6 milhões foram TRAg de uso profissional”, indica, frisando que dezembro é “o mês com mais testes realizados desde o início da pandemia”.
O INSA dá também conta que Portugal registou, em dezembro, números de testagem diária superiores a 100 mil testes em 19 dos 24 dias já contabilizados, tendo em quatro desses dias superado a fasquia dos 200 mil testes diários.
O Instituto Nacional de Saúde recorda que os testes rápidos de antigénio efetuados nos laboratórios e farmácias aderentes ao regime excecional de comparticipação voltaram a ser gratuitos desde 19 de novembro, uma medida que abrange, agora, toda a população e que foi reforçada com a possibilidade de cada utente passar a poder realizar até seis testes gratuitos por mês, com vista a intensificar a proteção da saúde pública e o controlo da pandemia covid-19, vigorando até 31 de dezembro.
A reativação do regime excecional e temporário de comparticipação dos TRAg visa “contribuir para a deteção e isolamento precoce de casos, prevenir e mitigar o impacto da infeção por SARS-CoV-2 nos serviços de saúde e nas populações vulneráveis, assim como reduzir e controlar a transmissão da infeção por SARS-CoV-2 e monitorizar a evolução epidemiológica da covid-19”.
A covid-19 provocou mais de 5,38 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 18.861 pessoas e foram contabilizados 1.276.05 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.