Carlos Manso, Licenciado em Gestão de Empresas e Pós-Graduado em Gestão empresarial pela Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, atualmente Presidente do Conselho de Administração da INFRALOBO e Membro da Direção Nacional da Ordem dos Economistas.
A Voz do Algarve - Fale-me um pouco do seu percurso profissional?
Carlos Manso - Nasci no Algarve, mais exatamente em Olhão, estudei na Faculdade de Economia da Universidade do Algarve e trabalhei durante 8 anos em Faro, numa primeira fase numa empresa na área de revisão de contas e auditoria e depois numa empresa de referência no setor das novas tecnologias. E há 13 anos, desde 2009, que me mudei profissionalmente para Loulé, para a Infralobo, como diretor administrativo-financeiro e atualmente como presidente do conselho de administração. Posso afirmar que sou Algarvio.
VA - E como surgiu a possibilidade de vir trabalhar para o Concelho de Loulé?
CM - Acho que foi natural, devido à experiência que tive oportunidade de adquirir no meu percurso profissional. Quando trabalhei em auditoria tive contacto com várias empresas do setor dos serviços públicos essenciais (abastecimento de água, saneamento e recolha de resíduos), e considerando tratar-se de um setor de extrema relevância e crescente importância, não hesitei em aceitar o convite quando surgiu, por considerar que a experiência adquirida podia ser uma mais-valia na necessidade de melhorar a qualidade do serviço e do produto, bem como reforçar o relacionamento com os clientes.
VA - Como foi sair do setor privado e ingressar numa empresa do setor empresarial local, com ligações ao Município de Loulé?
CM - Para começar fui muito bem recebido, quer na Infralobo quer pelo Presidente do Município de Loulé na altura. Nunca senti qualquer entrave ou desconforto por ser de outro concelho, apenas uma vontade comum de elevar os serviços públicos no concelho de Loulé a um patamar superior. E não poderia ser de outra forma, o Concelho de Loulé representa 25% da riqueza anual produzida no Algarve e 1% da riqueza anual produzida no País!!! Acho que muitos Louletanos e Algarvios não sabem, mas o Concelho de Loulé é o equivalente a uma Autoeuropa. O seu território por si só já é um desafio, porque vai da serra ao litoral. O desenvolvimento do Concelho de Loulé não pode nunca ser feito fechado em si mesmo, mas aberto à região, ao País e ao Mundo.
VA - Começou por ser o Diretor Financeiro da Infralobo e posteriormente assumiu a Presidência da Empresa. Que balanço faz destes anos à frente da Infralobo?
CM - Gostaria de frisar que sou funcionário da empresa. Nós não somos os cargos, apenas estamos nos cargos. A função de Presidente do Conselho de Administração é uma função a prazo e é assim que deve ser, cabendo-nos ter um projeto em prol do desenvolvimento deste setor e do Concelho de Loulé e executá-lo enquanto estamos à frente do mesmo e cuja confiança depositada em mim, agradeço ao Presidente do Município Dr. Vitor Aleixo. Considero o balanço positivo, já que temos vindo a conseguir atingir vários dos nossos objetivos que se encontram identificados nos 4 compromissos que temos com os nossos Acionistas e Clientes. Resumidamente e em traços gerais, esses compromissos são: Compromisso para a Qualidade da Gestão, Compromisso para a Qualidade do Produto, Compromisso Responsabilidade Social e Compromisso para a Qualidade do Serviço.
No Compromisso para a Qualidade da Gestão, a Infralobo encontra-se certificada pelas ISO 9001 – Sistema de Gestão da Qualidade, pela NP4552 – Conciliação entre a vida familiar, profissional e Pessoal e pela ISO50001- Sistema de Gestão da Energia, tendo recebido os selos de qualidade na água pela ERSAR (Entidade Reguladora do Setor) em 2020 e 2021 sendo o Compromisso Qualidade do Produto.
Tivemos a possibilidade, com a ajuda dos nossos Clientes e Colaboradores, apoiar inúmeras famílias e instituições na região do Algarve através do donativo de diverso material (eletrodomésticos, roupas, camas, colchões, etc…) através do Projeto ‘’Sorriso Infralobo’’. Este projeto enche-nos de orgulho e é o nosso Compromisso Responsabilidade Social. Por último, no Compromisso para a Qualidade do Serviço somos 2ª melhor entidade gestora a nível nacional no âmbito da Água Não Faturada, apresentando valores de satisfação superiores a 80% em vários parâmetros (exemplo: Tempo de Resolução dos Problemas, Qualidade no Atendimento ao Público e Comunicação com os Clientes). Este é um desafio permanente e só é possível graças ao trabalho e desempenho dos meus antecessores que criaram as bases para que fosse possível, assim como eu espero estar a criar as bases para o futuro.
VA - Como é gerir uma empresa mista que detém capitais públicos e privados em partes quase iguais, e como isso influencia a relação com o parceiro privado que foi a responsável pela criação do Resort Vale do Lobo?
CM - Apesar dos acionistas serem bastante distintos, na sua natureza e funcionamento, a nossa relação é bastante produtiva porque os objetivos para o território são os mesmos. Estas empresas são a prova que objetivos comuns podem aproximar e potenciar relacionamentos económicos e estratégicos entre empresas privadas e municípios. E diariamente aproveitarmos e aprendermos com os pontos fortes de cada um deles.
VA - O que leva muitos estrangeiros a optar pelo Resort Vale do Lobo, acredita que é pela qualidade natural da área e dos serviços prestados pela Infralobo? O que marca a diferença?
CM - Seria interessante sabermos a opinião de cada um deles. Mas pelo que me é dado a conhecer, pelo relacionamento que temos com os nossos Clientes, o papel que a Infralobo desempenha na qualidade de vida e na valorização patrimonial dos imóveis dos proprietários é cada vez mais relevante e um fator a ter em conta quando se opta pelo Resort Vale do Lobo e restantes áreas. Acho que o que marca a diferença é a proximidade, a partilha de um objetivo comum e a capacidade de decisão. A prova disso foi o reconhecimento do nosso trabalho pelo Turismo de Portugal nos Prémios Nacionais de Turismo em 2020. Não me lembro de outra empresa municipal ter tido este reconhecimento e é demonstrativo da crescente importância que os Serviços Públicos Essenciais começam a ter. É fundamental que o Algarve tenha na gestão dos espaços públicos (espaços verdes, limpeza, resíduos, publicidade, manutenção de rede viária, entre outros.) uma qualidade que o diferencie e distinga das regiões com quem compete no turismo.
VA - E atualmente, na sua opinião, quais são os maiores desafios?
CM - O maior desafio atual é a Mitigação às Alterações Climáticas, explanadas no Acordo de Paris e no COP26 e que a nível nacional têm orientações no PNEC2030 (Plano Nacional de Energia e Clima 2030) e no Descarbonização2050. De referir, que o atual Presidente do Município de Loulé Dr. Vitor Aleixo tem tido um papel fundamental em colocar estas preocupações na agenda regional e definindo a estratégia municipal, à qual a Infralobo está vinculada e se reconhece na mesma, colocando o Município de Loulé na linha da frente deste combate, ao nível das ações já implementadas, assim como a identificação das ações a implementar. Considero que deveria ter uma posição de maior relevo político nesta área a nível regional e nacional, porque está a realizar um trabalho muito positivo e fundamental nesta matéria.
VA - É nessas ações que surge o conceito SMART RESORT by Infralobo?
CM - Sem dúvida. Numa primeira fase, entidades gestoras como a Infralobo, tinham uma preocupação acrescida com a gestão dos ativos tangíveis, nomeadamente as Infraestruturas de água e de saneamento, bem como na realização dos investimentos necessários para uma boa cobertura na recolha dos resíduos sólidos urbanos. Muitas entidades gestoras ainda estão nessa fase, enquanto outras ainda nem começaram.
Nesta fase, já sentimos a necessidade de passar para um outro patamar mais focado no chamado intangível, a qualidade do serviço e satisfação do Cliente. E isso só é possível atingir com uma maior profissionalização das entidades gestoras existentes neste setor.
VA - E em que consiste o conceito SMART RESORT by Infralobo?
CM - O SMART RESORT by Infralobo é um modelo de gestão ‘’chapéu’’ assente em ferramentas tecnológicas sectoriais, com o objetivo de maximizar a satisfação do cliente, com benefícios relevantes para o ambiente. Foram identificadas as diversas áreas e processos relevantes para a empresa, sendo implementados novos processos, em que os dados e informação em tempo real assumem especial importância e que vão desde a Gestão da Água, Gestão da Frota, Gestão dos Resíduos, Gestão Energética e Gestão do Cliente.
A título de exemplo, porque muito havia para demonstrar nas diversas áreas, no sector da Gestão da Água, dividimos em dois grupos: o abastecimento de água aos consumidores domésticos e não domésticos, em que implementámos um sistema de telemetria denominado SMART WATER em toda a nossa área de intervenção, com a identificação e definição das respetivas zonas de medição e controlo (ZMC). Graças a esta ferramenta foi possível atingir 6,9% no indicador Água Não Faturada (RASARP2020), sendo a 2ª melhor entidade gestora a nível nacional conforme mencionado anteriormente. O 2º grupo: na gestão de 22Ha de espaços verdes públicos (não inclui os campos de golfe, porque não são da nossa responsabilidade) criámos o SMART IRRIGATION SYSTEM, uma ferramenta com base na rede LORA WAN, que através de uma estação meteorológica define a necessidade de água ajustando automaticamente o consumo de água na rega pública dos jardins. Por exemplo, se chover, o sistema desliga automaticamente sem intervenção humana todo o sistema de rega durante o período que considerar adequado, i.é., consoante os níveis de pluviosidade. É caso para dizer, que com a Infralobo, quando chove não regamos. Esta ferramenta permitiu-nos poupar no consumo de água para rega dos nossos espaços públicos cerca de 27% em 2020, representativo de um custo inferior na aquisição da água a rondar os 60 Mil Euros.
VA - Como surgiu essa ideia?
CM - O SMART RESORT by Infralobo é um projeto de equipa e de partilha de conhecimento. Numa fase inicial foi necessário efetuar uma ‘’fotografia’’ da nossa atividade e quantificar, não só onde estávamos, mas também quais os nossos objetivos e como os atingir. Não conseguimos gerir, nem melhorar, o que não é medido. Tivemos a oportunidade de conhecer projetos extremamente interessantes, estrangeiros e nacionais, partilhar experiências com outras entidades gestoras e aprendendo com os seus sucessos, mas também com os fracassos. Atualmente recebemos todos os meses visitas de Municípios e Empresas e continuamos a visitar casos que nos possam ajudar a melhorar, sempre numa ótica de partilha de conhecimento e experiências. A título informativo, em janeiro recebemos os Municípios de Vila Viçosa e do Barreiro e visitámos o Município da Póvoa de Varzim e do Porto.
VA - As novas tecnologias tem sido uma ferramenta importante na modernização de muitas empresas. No caso concreto da Infralobo considerada um bom exemplo de Smart Resort em consistiu especificamente esse avanço tecnológico?
CM - As novas tecnologias têm que obrigatoriamente melhorar a eficiência e eficácia nos processos internos e externos das empresas e melhorar o serviço e o relacionamento com os Clientes. E foi isso que aconteceu na Infralobo.
VA - As novas tecnologias tornam necessário uma gestão, mais profissional das empresas. Que adaptação foi necessário fazer nos quadros técnicos e operários em geral para tirar partido dessas novas tecnologias.
CM - As pessoas são um fator fundamental para o sucesso das organizações e das sociedades. E também o são nos tempos de mudança, já que esta evolução tem que ser feita em conjunto com as pessoas. Não me refiro só aos colaboradores, mas também aos nossos Clientes. No nosso caso, foi possível identificar ferramentas tecnológicas de utilização simples e fácil que facilitassem essa mudança na cultura da empresa e na forma como nos relacionamos com os Clientes. E foi possível realizar essa mudança com os colaboradores existentes na empresa.
VA - Falou de uma maior profissionalização do Setor…
CM - Sim. É indiscutível que este setor evoluiu imenso nas últimas décadas. Basta ver a evolução nas taxas de cobertura dos serviços e na qualidade da água.
Tratou-se de uma melhoria significativa na qualidade de vida das pessoas e de um investimento com um retorno elevado para o País. E esse trabalho deveu-se aos Municípios Portugueses.
Mas os Serviços Públicos Essenciais estão em constante evolução, até porque as condições ambientais, económicas e sociais que estão na sua base também o estão, por isso é necessário responder aos desafios de uma maior eficiência hídrica, maior eficiência energética e maior eficiência ambiental. E a forma de olhar para as ineficiências existentes também mudou, porque os consumidores estão mais exigentes e conscientes das suas escolhas.
VA - E essa profissionalização passa pela privatização?
CM - Não necessariamente. Na minha opinião, neste setor que considero estratégico e de monopólio natural, não gosto de discutir o modelo. Se é público ou privado. Na minha opinião deve ser público, ou através de Serviços Municipalizados profissionais ou Empresas Municipais com objetivos bem definidos e fiscalizadas. Mas deve ser profissional, porque se assim não for, que seja privatizada porque não podemos continuar a ter indicadores nacionais como o da Água Não faturada a rondar os 40% e não mudar nada. A água é um bem escasso e só deve poder geri-la quem o fizer de forma competente.
VA - E é possível fazê-lo com o Modelo de Gestão Pública?
CM - Considero que sim, até porque relativamente a 2020 no TOP10 do indicador da Água Não Faturada estão 8 entidades gestoras públicas. E o Município de Loulé está bem representado, estando a Infraquinta como a melhor entidade gestora do País neste indicador e a Infralobo e a Inframoura em 2º e 8º lugar respetivamente. É uma questão de mentalidade e cultura, temos que ter a capacidade de agir, de sermos pró-ativos e focados nas soluções dos problemas do presente e do futuro.
VA - A seca é uma realidade da região algarvia. Como tem a Infralobo se adaptado a essa realidade? Como é possível amenizar o efeito das consecutivas secas que se têm vindo a sentir?
CM - Quem considera ser razoável continuar à espera que chova para que o problema da falta de água na região se resolva, está profundamente enganado. Vivemos outros tempos, em que a escassez de água no Algarve chegará até 2040. Todos os estudos apontam para tal cenário, em que a água disponível será 40% inferior à que temos atualmente. Por isso, torna-se urgente mobilizar a região para encontrar soluções que atenuem esta situação. Na Infralobo, e os dados mencionados acima assim o comprovam, trabalhamos diariamente com o objetivo de atingir uma maior eficiência na gestão do recurso água, através de uma política de evitar o desperdício e perdas de água, mas também e sempre que somos chamados a emitir opinião recomendamos aos promotores ajustes nos projetos imobiliários que tenham em consideração esta nova realidade. O exemplo disso são recomendações para a inclusão de mecanismos de utilização das chamadas águas cinzentas, depósitos de retenção de águas pluviais e utilização de material poroso nos pavimentos que absorva a água por forma renovar os aquíferos. Nesta matéria, os Municípios deveriam adaptar os regulamentos de urbanização e edificação aos novos desafios climáticos, o que não tem acontecido. E gostava de referir que desde 2017 e apesar dos alertas, os níveis de Água Não Faturada a nível Nacional e Regional não tem tido evoluções favoráveis relevantes, o que nos deve preocupar a todos. Nem temos discutido a questão da agricultura que representa uma parcela significativa da água consumida de forma racional e competente.
VA - A ERSAR, Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos, distinguiu a Infralobo com os Selos de Qualidade dos Serviços de Águas 2020 e 2021, na categoria ‘’Qualidade exemplar de água para consumo humano’’. O que representa este reconhecimento?
CM - É a prova que estamos no bom caminho e que devemos fazer um esforço para manter o mesmo nível de desempenho, porque mais difícil do que garantir esse reconhecimento é mantê-lo.
VA - A pandemia foi um desafio para todas as empresas e em especial para as empresas que prestam serviços públicos. Como foi a vossa gestão perante a pandemia. O que mudou ou foi adaptado?
CM - Têm sido tempos desafiantes para todos. Felizmente, os colaboradores da Infralobo têm tido um comportamento excecional garantindo o cumprimento do plano de contingência em vigor na empresa nos vários períodos e desta forma realizar a prestação dos serviços sem quebra relevante de qualidade. Tivemos que nos adaptar ao teletrabalho e a funcionar com equipas em ‘’’espelho’’, mas com a vantagem de já termos implementado ferramentas tecnológicas que atenuaram e em alguns casos até ajudaram a melhorar a forma como trabalhávamos. Nestes 2 anos, descemos ligeiramente na avaliação de satisfação geral dos Clientes, o que tendo em conta a pandemia e as limitações inerentes podemos considerar um resultado positivo. Até porque, não é uma descida estrutural, mas conjuntural.
VA - Quais são os vossos projetos para o futuro?
CM - Costumo dizer em tom de brincadeira, que o futuro para a Infralobo é já hoje. É nossa intenção consolidar os projetos existentes e reforçá-los através de uma maior ligação aos Clientes, nomeadamente por exemplo disponibilizar o sistema de SMART WATER e a Rega Inteligente aos nossos Clientes para que, também eles possam gerir de uma forma mais eficiente o recurso água nas suas casas e jardins. Estamos também a estudar, em conjunto com as restantes Empresas Municipais do Concelho (Inframoura e Infraquinta) e a ALGAR uma parceria para passarmos a ser responsáveis também pela recolha seletiva dos resíduos nas nossas áreas de intervenção. Esta parceria vai ser única e inovadora na relação entre as entidades em Alta e as entidades em Baixa e é fundamental para resolver de uma vez por todas a deficiente recolha de resíduos seletivos na nossa área de intervenção durante a época alta. Pelo menos é essa a nossa expectativa.
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VA - Por fim, fale-nos um pouco de desafios futuros e outros aspetos que terão de ir de encontro ao mundo de hoje em acelerada mudança?
CM - Os próximos tempos vão ser extremamente exigentes e precisamos de uma sociedade mais interventiva e participativa, não apenas ao nível político, mas também ao nível empresarial e social. Depois do período conturbado do COVID-19, temos várias incertezas no horizonte, valores de inflação a que já não estamos habituados e que podem não permitir a tomada de decisões necessárias para uma retoma mais robusta e consolidada da nossa economia, uma tensão geopolítica que vira a atenção do Mundo para o oriente, a mudança necessária na economia mundial e nos hábitos dos consumidores que combata as alterações climáticas mas que garanta a qualidade de vida, a redução das desigualdades e a competitividade das nossas empresas e a aplicação do PRR no terreno que possibilite um País e uma região mais sustentável e resiliente. Todas estas situações podem trazer desafios, oportunidades, mas também riscos diversos para a empresa.
Por: Nathalie Dias