O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, é o vencedor do Prémio Universidade de Coimbra (UC), que distingue anualmente uma personalidade portuguesa de inequívoco valor nas áreas da cultura, economia e gestão ou ciência e inovação.
O vencedor do Prémio Universidade de Coimbra 2022 foi anunciado durante a manhã de hoje, numa conferência de imprensa que decorreu na Sala do Senado da Reitoria da UC.
Instituído em 2004, o Prémio Universidade de Coimbra conta com o patrocínio do Santander Universidades e com o apoio do Global Media Group, tendo o valor de 25 mil euros: 10 mil para o vencedor e 15 mil para a atribuição de uma Bolsa de Investigação Santander para apoiar o desenvolvimento de trabalho numa área a definir pelo premiado.
A entrega do galardão a António Guterres, que é também Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra, está agendada para o dia 01 de março, durante a sessão solene comemorativa do 732.º aniversário desta instituição de ensino superior.
Nascido em Lisboa em 30 de abril de 1949, António Guterres foi primeiro-ministro de Portugal (1995-2002) e Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (2005-2015), exercendo desde o dia 01 de janeiro de 2017 as funções de secretário-geral da ONU.
Foi também secretário-geral do Partido Socialista e deputado na Assembleia da República, onde presidiu a diversas comissões parlamentares durante 17 anos.
Na sua última edição, em 2021, o Prémio Universidade de Coimbra distinguiu o cardeal, ensaísta, poeta e teólogo José Tolentino de Mendonça.
o prémio também já distinguiu a classicista Maria Helena da Rocha Pereira, o crítico gastronómico José Quitério, o antigo reitor da Universidade de Lisboa Sampaio da Nóvoa, o músico e compositor António Pinho Vargas, a cientista Maria de Sousa, o químico Adélio Mendes, o artista plástico Julião Sarmento, o musicólogo e historiador cultural Rui Vieira Nery e o cofundador da Critical Software Gonçalo Quadros.
A coreógrafa, professora e programadora cultural Madalena Victorino, o embaixador João de Deus Ramos, o investigador e empresário José Epifânio da França, o matemático luso-brasileiro e membro do Fórum Internacional de Investigadores Portugueses Marcelo Viana e o neurocientista Fernando Lopes da Silva foram outros dos contemplados.
Em 2005, a distinção foi atribuída ex aequo, a António Manuel Hespanha, historiador e jurista, e a Luís Miguel Cintra, fundador do Teatro da Cornucópia, ator e encenador.
Em 2010, também ex aequo, foi atribuído o prémio a Almeida Faria, ensaísta e escritor, e a Pedro Costa, cineasta.
O ex-comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, atual presidente da Câmara de Lisboa, foi distinguido em 2020.