Os defesas Gonçalo Costa, Pastor e Vinicius Guarapuava, três reforços do Portimonense apresentados oficialmente ontem, manifestaram-se satisfeitos por cumprirem o «sonho» de chegar à I Liga de futebol e querem aproveitar a oportunidade para singrar.
“Eu quero ajudar o clube, para o clube me ajudar. É sempre importante caminhar para outros patamares e a I Liga é um sonho realizado. Para quem vem da Liga 3, isto mostra que é importante nunca desistir dos nossos sonhos nem daquilo em que se acredita”, disse o lateral esquerdo português Gonçalo Costa.
O futebolista, de 22 anos, representava o Sporting B, no terceiro escalão, e decidiu seguir outro caminho quando percebeu que não teria oportunidade de chegar à equipa principal dos ‘leões’.
“Quando estamos numa situação de conforto durante muitos anos – estive no Sporting 14 anos, tive a esperança de chegar à equipa principal –, mas vês que estás há ‘x’ tempo e não consegues alcançar os teus objetivos, tens de sair da tua zona de conforto para evoluir. Foi a minha opção sair quando acabou o campeonato. Sabia que não ia ter essa oportunidade e segui outros caminhos”, afirmou Gonçalo Costa, que assinou por três temporadas com o Portimonense.
O jogador elogiou a “ótima estrutura” dos algarvios, “com tudo aquilo de que precisava” para dar continuidade ao seu trabalho, e também a receção no balneário pelos colegas mais experientes, afirmando-se como um lateral “rápido”, que gosta de atacar e cruza “bem”.
Para o flanco direito da defesa, chegou o brasileiro Pastor, ex-Leixões, apelido futebolístico de David Samuel Custódio Lima que ‘ganhou’ no Londrina (Brasil).
“Foi uma brincadeira de balneário, no Londrina. No fundo do autocarro, estava com fones a ouvir e a cantar uma música de gospel e, como ninguém me conhecia, começaram a chamar-me Pastor”, lembrou.
Chegar ao Portimonense é, para o lateral-direito de 22 anos, também com contrato até 2025, “um sonho de evolução”.
“Desde que cheguei em Portugal que almejava a I Liga. O Portimonense é um grande clube, não foi à toa que escolhi, é uma oportunidade única que todos querem ter e vou procurar fazer o melhor possível. (...) Se o Portimonense me abriu a porta, viram que estou pronto. Jogar ou não, vai depender do trabalho desenvolvido nos treinos e o ‘mister’ vai desenvolver melhor isso em mim”, comentou.
Elogiando a concorrência de Moufi e Zié Ouattara, Pastor caracterizou-se como “um jogador bastante agressivo, na marcação como no ataque, dando opções no corredor e chegando fácil à linha de fundo”.
Para o centro da defesa, o Portimonense garantiu o brasileiro Vinicius Guarapuava, ex-Azuriz (Brasil), por empréstimo de uma época com opção de compra não especificada.
“Para mim, é uma honra. Agradeço a oportunidade de vestir a camisola do Portimonense. Sair do Brasil para vir para cá é o sonho de todos os atletas. Aqui quero abraçar com todas as forças esta oportunidade para responder às expetativas”, disse o central de 24 anos.
O futebolista sublinhou que se trata de “um grande salto na carreira”, mas “merecido e fruto do trabalho realizado”, e que está “capacitado” para responder num clube com uma “estrutura muito boa”, com “tudo o que imaginava e não esperava”.
“Vinha de um tempo sem jogar. Senti a parte física, estou a adaptar-me à parte mais técnica do ‘mister’. Com os colegas a passarem o conhecimento que têm do clube e do ‘mister’ acredito que em pouco tempo me vou conseguir adaptar. As minhas melhores características são a velocidade e a qualidade na criação”, finalizou.
O Portimonense, que na I Liga de futebol tem estreia marcada para 07 de agosto, frente ao Boavista, defronta no sábado o Mónaco, em Lagos (17:00), no primeiro encontro particular da pré-época.