Avaliação bancária das casas está 27 euros mais cara do que em maio. E subiu 15,8% em termos homólogos, diz o INE.
Avaliar o metro quadrado da casa é um dos passos necessários para pedir um crédito habitação. Até porque o banco vai ter em conta o menor valor entre a avaliação da casa e o preço de mercado para conceder o empréstimo para comprar casa. Mas o que temos assistido nos últimos tempos é que o metro quadrado das habitações está a ficar cada vez mais caro para os bancos, somando valores recordes mês após mês. E em junho, foi atingido um novo máximo: o valor mediano de avaliação bancária foi de 1.407 euros por metro quadrado (euros/m2), mais 27 euros que o observado em maio (+2%). Em termos homólogos, o aumento foi de 15,8% (13,9% em maio).
Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE) e foram publicados esta quarta-feira, dia 27 de julho de 2022. Note-se que para apurar o valor mediano de avaliação bancária de junho, foram consideradas 29.239 avaliações, menos 2,7% que no mesmo período do ano anterior e menos 11,7% face ao período anterior. O total de avaliações bancárias realizadas divide-se em:
18.622 apartamentos;
10.617 moradias.
E onde é que foi registado o aumento do valor da avaliação bancária das casas face a maio? De acordo com o INE, foi no Algarve (3,0%). A única região que apresentou uma variação em cadeia negativa foi a Região Autónoma dos Açores (-0,7%).
Já em comparação com o mesmo período do ano anterior, o valor mediano das avaliações das casas pelos bancos cresceu 15,8%, registando-se a variação mais intensa no Algarve (20,4%) e a menor na Região Autónoma dos Açores (6,5%).
Avaliação bancária dos apartamentos sobe 16,7%
No que diz respeito aos apartamentos, o valor mediano de avaliação bancária foi de 1.563 euros/m2 em junho, tendo aumentado 16,7% relativamente a junho de 2021. Os valores mais elevados foram observados no Algarve (1.889 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1.861 euros/m2), tendo o Alentejo registado o valor mais baixo (990 euros/m2).
O crescimento homólogo mais expressivo verificou-se no Algarve (20,9%), tendo a Região Autónoma da Madeira apresentado o menor (12,1%). Comparativamente com o mês anterior, o valor de avaliação subiu 2,2%, tendo o Algarve registado a maior subida (2,7%). A única descida foi registada na Região Autónoma dos Açores (-1,7%).
“O valor mediano da avaliação para apartamentos T2 subiu 26 euros, para 1.576 euros/m2, tendo os T3 subido 27 euros, para 1.398 euros/m2. No seu conjunto, estas tipologias representaram 78,9% das avaliações de apartamentos realizadas no período em análise”, refere o INE.
Metro quadrado das moradias vale mais 12,1%
No caso das moradias, o valor mediano da avaliação bancária foi de 1.122 euros/m2 em junho, o que representa um acréscimo de 12,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os valores mais elevados observaram-se no Algarve (1.927 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1.903 euros/m2), tendo o Centro e o Alentejo registado os valores mais baixos (910 euros/m2 e 921 euros/m2, respetivamente).
O Algarve apresentou o maior crescimento homólogo (19,6%) e o menor ocorreu no Alentejo e na Região Autónoma dos Açores (8,2%). Comparativamente com o mês anterior, o valor de avaliação das casas aumentou 1,6%. No Algarve assistiu-se ao crescimento mais acentuado (4,6%), tendo-se verificado uma única descida, no Centro (-0,2%).
Por tipologia, “o valor mediano das moradias T2 desceu 3 euros, para 1.062 euros/m2, tendo as T3 subido 19 euros, para 1.106 euros/m2 e as T4 27 euros, para 1.185 euros/m2. No seu conjunto, estas tipologias representaram 88,7% das avaliações de moradias realizadas no período em análise”, refere ainda o gabinete de estatística português.
Por: Idealista