Projeto com tecnologia LiDAR é considerado fundamental pelo Governo a nível do cadastro predial e dos dados geográficos.
Criar um mapa do território de Portugal continental com modelos tridimensionais. Este é o objetivo do Governo ao aprovar uma verba de 5,55 milhões de euros no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para financiar o projeto, com base na tecnologia LiDAR (da sigla inglesa Light Detection and Ranging) - usada, por exemplo, nos carros autónomos e nos últimos modelos dos iPhones. A verba vai ser repartida e usada entre 2023 e 2024.
A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, explica que “a altimetria constitui um tema fundamental da cartografia topográfica e é utilizada para múltiplas finalidades pela Administração Púbica e pelas entidades privadas”. E, segundo argumenta a governante na portaria publicada esta semana em Diário da República para viabilizar o projeto, não existe “uma cobertura integral do território de Portugal continental com esta informação atualizada”.
Políticas políticas de ordenamento do território e de urbanismo
Este mapeamento, segundo conta o ECO com base no diploma publicado, é relevante para que a DGT prossiga “as políticas públicas de ordenamento do território e de urbanismo”, principalmente no que toca ao “cadastro predial” e à “criação e manutenção das bases de dados geográficos de referência”.
A verba deverá, assim, servir para “a concretização das ações inerentes à obtenção de uma cobertura LiDAR, um modelo digital do terreno e cartografia topográfica de referência para o território de Portugal continental”.
Na portaria, a ministra Ana Abrunhosa refere que “a tecnologia LiDAR tem também a vantagem de permitir obter, para além de informação altimétrica sobre o solo – modelos digitais do terreno, informação altimétrica sobre a superfície – modelos digitais de superfície”. “Esta característica, que habitualmente não está incluída na cartografia topográfica tradicional, permite que esta informação geográfica seja utilizada em múltiplos setores de atividade, atendendo ao seu caráter transversal”, acrescenta.
Por: Idealista