Taxa de poupança das famílias caiu para 5,9% do rendimento disponível no segundo trimestre do ano, segundo dados do INE.
A taxa de poupança das famílias caiu para 5,9% do rendimento disponível no segundo trimestre do ano, refletindo o aumento de 2,7% do consumo privado, segundo dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). De acordo os mesmos, que têm por base a informação do ano terminado no trimestre, por cada 100 euros disponíveis, as famílias pouparam 5,9 euros neste período, o valor mais baixo desde os 5,7 euros registados no terceiro trimestre de 2017.
«A taxa de poupança das famílias atingiu 5,9% do Rendimento Disponível Bruto (RDB), o que correspondeu a uma redução significativa de 1,4 p.p. [pontos percentuais] relativamente ao trimestre anterior», revela o relatório do INE.
De acordo com o organismo de estatística, este desempenho resultou de um aumento do consumo privado de 2,7% (variação em cadeia de 4,0% no trimestre anterior), superior ao crescimento do rendimento disponível (1,2%).
O INE recorda que a evolução do consumo privado «é marcada pela aceleração dos preços evidenciada pelo comportamento do Índice de Preços no Consumidor no segundo trimestre de 2022 incluindo o IVA pago pelas famílias».
A capacidade de financiamento das famílias fixou-se em 0,4% do PIB no segundo trimestre, o que representa uma diminuição de 1 p.p. face ao trimestre anterior.
A Formação Bruto de Capital Fixo (FBCF) das famílias, que corresponde essencialmente à FBCF em habitação, registou uma taxa de variação de 1,6% no segundo trimestre face ao trimestre anterior e um aumento de 4,7% face ao trimestre homólogo.
Já a taxa de investimento das famílias manteve-se em 6%, indica o INE.
Por: Idealista com Lusa