A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, afirmou que o número de atletas federados este ano vai superar o registado em 2019, ano antes da pandemia, defendendo uma aposta nos jovens atletas.
“Vamos ter mais atletas federados este ano do que em 2019. Temos de apostar em mais jovens atletas e estamos empenhados nisso” disse a ministra, numa audição na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos Liberdades e Garantias e Comissão de Orçamento e Finanças, para apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2023.
Este dado foi reforçado pelo secretário de Estado da Juventude e Desporto (SEJD), João Paulo Correia, que também participou na audição e salientou a “recuperação e incremento” do desporto federado em Portugal.
“Estamos a recuperar os números. O país tem 690 mil atletas federados em todas as modalidades e os dados que chegam de muitas federações é que estão a atingir números históricos de atletas federados, como o caso do futebol e atletismo. Isso significa uma recuperação e um incremento no desporto federado”, afirmou.
Na sessão, o Governo destacou também a importância da aposta em jovens atletas, lembrando o investimento efetuado nas Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola e os resultados já conseguidos.
“Os últimos resultados internacionais que o país tem dito por jovens atletas, que em várias modalidades, como natação, judo ou canoagem, têm conseguido no plano europeu e mundial devem-se ao programa Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola”, disse João Paulo Correia.
O SEJD referiu que existiam no país 19 unidades e que hoje em dia já são 23, com alargamento em escolas em Mirandela, Famalicão, Loures e Lagos, que contam com a participação de 850 atletas/alunos, de 41 modalidades.
“Este programa permite a conciliação entre a carreira académica e a carreira desportiva e tem uma taxa de taxa de sucesso escolar de quase 100 por cento”, afirmou, explicando que envolve escolas, encarregados de educação e federações.
João Paulo Correia abordou ainda a revisão do regimento jurídico das sociedades desportivas que está a ser preparada, dando conta de duas medidas que pretendem contribuir para a “valorização do desporto feminino e promoção da igualdade de género”.
“Uma das medidas é que todas as sociedades desportivas terão de ter no mínimo 33 por cento de quota de género, o que vai levar muitas mulheres a lugares de poder. Outra medida é que hoje os clubes só podem ter uma sociedade desportiva por modalidade, é o que está na lei. A nossa proposta é que possam ter mais do que uma sociedade desportiva por modalidade, desde que seja por género. Ou seja, no caso do futebol, os clubes podem criar uma sociedade desportiva para o futebol feminino”, concluiu.