Proveitos turísticos mais do que duplicam até novembro - INE

11:11 - 15/01/2023 ECONOMIA
Os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico nos primeiros 11 meses de 2022 mais do que duplicaram face a 2021 e aumentaram 16,2% relativamente a 2019, ano pré-pandemia, somando 4.751,3 milhões de euros, divulgou hoje o INE.

Segundo os dados da 'Atividade Turística' de novembro do ano passado do Instituto Nacional de Estatística (INE), “no conjunto dos primeiros 11 meses de 2022, os proveitos totais cresceram 118,2% e os relativos a aposento aumentaram 120,4%”.

Considerando apenas o mês de novembro, os proveitos totais cresceram 36,8%, tendo atingido 288,6 milhões de euros, e os proveitos de aposento aumentaram 40,3%, para 214,2 milhões de euros.

Comparando com novembro de 2019, registaram-se aumentos de 25,5% nos proveitos totais e 29,2% nos relativos a aposento (+27,0% e +27,8% em outubro, pela mesma ordem).

Em novembro, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 43,7% dos proveitos totais e 47,0% dos relativos a aposento, seguindo-se o Norte (15,9% e 16,0%, respetivamente), que ultrapassou o Algarve (13,6% e 11,8%, pela mesma ordem).

Neste mês, o setor do alojamento turístico registou 1,7 milhões de hóspedes e 4,2 milhões de dormidas, o que corresponde a aumentos de 19,7% e 19,4%, respetivamente, em relação ao mesmo mês de 2021 (+23,6% e +23,8% em outubro, pela mesma ordem.

Face a novembro de 2019, registaram-se variações de -1,0% e +4,3%, respetivamente, adianta o INE.

Em novembro, o mercado interno contribuiu com 1,3 milhões de dormidas e voltou a registar uma evolução positiva (+6,3%), após um decréscimo em outubro (-3,2%), mas os mercados externos predominaram (peso de 68,9%) e totalizaram 2,9 milhões de dormidas (+26,4%).

Comparando com 2019, registaram-se aumentos de 0,8% nas dormidas de residentes e 5,9% nas de não residentes, o que - destaca o INE – “neste último caso corresponde ao maior crescimento mensal face a 2019”.

No conjunto dos primeiros 11 meses de 2022, as dormidas aumentaram 89,4% (+22,4% nos residentes e +157,7% nos não residentes). Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 1,2% (-5,3% nos não residentes e +8,4% nos residentes).

No que se refere às taxas líquidas de ocupação-cama e de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico, foram em novembro de 2022 “semelhantes às registadas em novembro de 2019”: 35,3% e 45,4%, respetivamente, face a 35,2% e 45,6%, pela mesma ordem, no ano pré-pandémico.

Em novembro do ano passado, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 39,8 euros, tendo aumentado 31,4% face a novembro de 2021 e 23,8% em comparação com o mesmo mês de 2019.

Segundo destaca o INE, “este indicador aumentou 72,6% desde o início do ano, com crescimentos de 74,6% na hotelaria, 83,6% no alojamento local e 18,4% no turismo no espaço rural e de habitação”.

No que respeita ao rendimento médio por quarto ocupado (ADR), atingiu 87,6 euros em novembro, +18,1% em relação ao mesmo mês de 2021. Face a novembro de 2019, o ADR aumentou 24,2%.

Em novembro, “entre os municípios com maior representatividade no total de dormidas, destacou-se Lisboa com uma recuperação face aos níveis de 2019, e Albufeira, que apresentou ainda uma redução de dormidas face a 2019, em ambos os casos maioritariamente devido aos não residentes”.

Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), nos primeiros 11 meses do ano, registaram-se 27,2 milhões de hóspedes e 73,1 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 83,6% e 83,5%, respetivamente.

Contudo, comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 1,3% (+5,2% nos residentes e -4,6% nos não residentes).

Na globalidade dos estabelecimentos, a estada média (2,69 noites) diminuiu 0,1% (-6,6% nos residentes e -3,9% nos não residentes).