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Arrendar casas de férias: burlas disparam e PSP ensina como evitar

15:30 - 27/08/2023 ECONOMIA
Só no primeiro semestre do ano, a polícia registou 807 denúncias de burlas em arrendamento. Conjunto de dicas para te protegeres.

Desde 2016, registaram-se 4.367 burlas no arrendamento de casas de férias. Por vezes, os inquilinos pagam para garantir a reserva de um imóvel que não existe ou já foi arrendado. Só no primeiro semestre deste ano, a PSP registou 807 denúncias de burlas em arrendamento, que deram origem a prejuízos superiores a 500 mil euros.

Entre 2016 e julho deste ano, a PSP registou 4.367 denúncias de burlas relacionadas com o arrendamento de residências, incluindo de habitações para férias. O número mais alto de burlas (1.214) registou-se em 2022, com prejuízos para as vítimas superiores a 750 mil euros.

Em comunicado enviado aos órgãos de comunicação social, a PSP, que se diz atenta ao fenómeno, explica que o tipo de burla mais comum é aquele em “que os inquilinos são levados a pagar, de forma antecipada, o valor do arrendamento ou um sinal, a fim de garantir a reserva do imóvel”. Estes imóveis, “regra geral, não existem ou já foram arrendados a múltiplas vítimas durante o mesmo período temporal”.

As situações mais comuns “surgem na sequência de uma pesquisa na internet ou nos classificados de jornais de tiragem nacional ou local, à procura de casa para férias”, lembra a PSP.

As recomendações da polícia para evitar fraudes no arrendamento de casas de férias

Sendo expectável que se continue a assistir a uma grande procura de arrendamentos de habitações temporárias para férias, a PSP apresenta uma lista de conselhos à população:

  • procura em sites, jornais ou empresas de classificados que garantam a confirmação da veracidade dos anúncios neles publicados; desconfia dos anúncios em que os preços são abaixo do valor de mercado. Para tal, basta comparar com anúncios de imóveis com características semelhantes e situados na mesma área geográfica;
  • pesquisa os dados do imóvel na internet (morada, designação do condomínio, dados e contactos do anunciante, entre outros), pois poderão existir referências a burlas anteriores;
  • solicita dados adicionais sobre a habitação: fotos do interior, cópia de contratos de fornecimento de eletricidade, luz ou gás, conferindo os dados de identificação e endereço indicado;
  • fica atento aos pormenores da habitação. Verifique se coincide com a morada que é fornecida, procurando nos mapas disponíveis na internet;
  • pesquisa as imagens apresentadas no anúncio a fim de verificar se são verdadeiras;
  • verifica se o nome que está associado ao IBAN fornecido para o pagamento coincide com o do proprietário/empresa ou anunciante;
  • evita qualquer tipo de transferência monetária para pessoas que anunciam o arrendamento de imóveis na internet sem que esteja certo que o anunciante é legítimo;
  • não acedas a endereços enviados através de e-mails ou de outras plataformas de arrendamento para efetuar o negócio;
  • se o anunciante informar que não recebeu qualquer valor ou que existem problemas no processamento do pagamento, solicitando nova transação, contacta imediatamente o teu banco. Caso se verifique a existência de fraude, cancela imediatamente o pagamento já efetuado.
  • guarda todas as trocas de e-mails, fotos e mensagens, caso o arrendamento não corra como acordado ou tenha sido vítima de burla.”

 

Por: Idealista / Lusa