Das 33.624 casas vendidas no 2T em Portugal, 31.089 foram compradas por residentes. Trata-se de uma diminuição homóloga de 23,8%.
Comprar casa em Portugal continua a ser um desafio difícil de superar para muitos portugueses devido aos preços praticados, quer no caso de habitações novas quer de casas usadas, face ao nível de rendimentos disponíveis. Preços esses que voltaram a subir no segundo trimestre em termos homólogos, conforme mostram os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE).
A verdade é que, por outro lado, e num contexto de alta inflação e subida das taxas de juro, vendem-se menos casas, nomeadamente a portugueses, um indicador que dá força ao contexto de crise habitacional que se vive no país, marcada por falta de oferta de habitação, sobretudo a valores acessíveis à chamada classe média. Paralelamente, os estrangeiros de fora da União Europeia (UE) continuam atentos ao mercado residencial nacional.
Segundo o INE, entre abril e junho de 2023 foram transacionadas 33.624 habitações em Portugal, das quais 31.089 foram vendidas a compradores com domicílio fiscal em Portugal. Trata-se de uma diminuição homóloga de 23,8% e de uma redução de 2,8% face ao trimestre anterior.
“Neste período, as vendas de habitações a compradores com domicílio fiscal fora do território nacional diminuíram 8,9%, para um total de 2.535 unidades, representando 7,5% do total, a percentagem mais elevada da série iniciada no 1º trimestre de 2019”, constata o INE.
Entre os “estrangeiros” (compradores com domicílio fiscal fora do território nacional), as transações referentes a compradores com domicílio fiscal fora do território nacional evidenciaram, pelo segundo trimestre consecutivo, com comportamentos distintos nas duas categorias analisadas. A saber:
As aquisições por compradores com domicílio fiscal na UE fixaram-se em 1.174 unidades, menos 24,5% em termos homólogos;
As aquisições por compradores com domicílio fiscal integrados na categoria restantes países aumentaram 10,8% para 1.361 habitações.
No que diz respeito ao montante investido na aquisição de casas por parte de cidadãos residentes em Portugal, superou os 6,0 mil milhões de euros, como é possível ver no gráfico. A esse valor há que somar o montante gasto por cidadãos estrangeiros da EU (349,2 milhões de euros) e de outros países (522,1 milhões de euros).
Por: Idealista