Estádio Municipal de Braga.

Sporting de Braga – Portimonense, 6-1.

Ao intervalo: 0-1.

 

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0-1, Pedrão, 10 minutos.

1-1, Ricardo Horta, 48.

2-1, Al Musrati, 52 (grande penalidade).

3-1, Álvaro Djaló (59).

4-1, Banza, 83 (grande penalidade).

5-1, Banza, 87.

6-1, Banza, 90.

 

Equipas:

- Sporting de Braga: Matheus, Victor Gómez (Joe Mendes, 66), José Fonte, Paulo Oliveira, Borja, Al Musrati (Vítor Carvalho, 76), Zalazar (João Moutinho, 76), Bruma (André Horta, 84), Álvaro Djaló (Pizzi, 66), Ricardo Horta e Banza.

(Suplentes: Lukas Hornicek, Joe Mendes, Niakaté, Adrián Marín, Vítor Carvalho, João Moutinho, André Horta, Pizzi e Abel Ruiz).

Treinador: Artur Jorge.

- Portimonense: Vinicius, Pedrão, Alemão (Luan, 85), Filipe Relvas, Igor Formiga, Carlinhos, Maurício, Gonçalo Costa (Seck, 62), Sylvester Jasper (Zinho, 62), Hélio (Adeniran, 85) e Rildo (Paulinho, 62).

(Suplentes: João Victor, Seck, Ronie Carrilo, Guga, Luan, Adeniran, Alcobia, Zinho e Paulinho).

Treinador: Paulo Sérgio.

 

Árbitro: Luís Godinho (Évora).

Ação disciplinar: cartão amarelo para Gonçalo Costa (42), Álvaro Djaló (58), Alemão (82).

Assistência: 8.929 espetadores.

O Sporting de Braga goleou ontem o Portimonense por 6-1, na 10.ª jornada da I Liga de futebol, num jogo em que esteve a perder, mas em que uma grande entrada na segunda parte virou o resultado.

O Portimonense marcou primeiro, por Pedrão (10 minutos), mas em quatro minutos, no início do segundo tempo, o Sporting de Braga deu a volta ao marcador, por Ricardo Horta (48) e Al Musrati (52, de penálti).

Álvaro Djaló fez o terceiro antes da hora de jogo (59) e Banza fez um ‘hat-trick’ perto do fim (83, de penálti, 87 e 90).

Os bracarenses passam a somar 20 pontos e ultrapassam na tabela, à condição, os rivais de Guimarães, que jogam no domingo, no reduto do Moreirense, e aproximam-se do terceiro classificado, o FC Porto, agora a apenas dois pontos.

O Sporting de Braga apresentou-se com várias alterações, já expectáveis depois de Artur Jorge ter feito alinhar jogadores menos utilizados na equipa titular diante do Casa Pia, na quarta-feira, para a Taça da Liga (1-1).

Sem Serdar (lesionado) e com Niakaté no banco, os minhotos jogaram com os experientes José Fonte e Paulo Oliveira no eixo defensivo, tendo visto ainda Victor Gómez regressar à titularidade na lateral direita da defesa.

Já o Portimonense, que vinha de apenas uma derrota, e com o FC Porto, no Dragão (1-0), e tinha três vitórias nas últimas quatro partidas (uma para a Taça de Portugal), mudou apenas uma peça no ‘onze’, com Maurício a surgir no lugar de Dener.

Os algarvios entraram personalizados, com muita posse de bola, e puseram-se na frente logo aos 10 minutos: assistência de Gonçalo Costa, num canto estudado, e Pedrão a desviar (Álvaro Djaló estava a pôr o defesa brasileiro em jogo).

Sem ideias e muito lento, o Sporting de Braga não conseguia criar perigo e Vinicius defendeu facilmente um livre direto com pouca força de Ricardo Horta (30).

Bruma tentou com um remate em arco aos 37 minutos, mas foi o Portimonense a estar perto do segundo, aos 44 minutos, após um canto da esquerda, num lance muito semelhante ao que deu golo, mas desta vez Maurício atirou por cima.

A melhor jogada e ocasião do golo do Sporting de Braga na primeira parte surgiu já nos descontos (45+2), com Bruma a tirar vários adversários do caminho e a servir Álvaro Djaló, que atirou à barra.

O Sporting de Braga entrou a todo o gás na segunda parte e com pouco mais de dois minutos decorridos, chegou ao empate: Ricardo Horta desviou com classe um cruzamento de Bruma do lado esquerdo.

No mesmo minuto 48, Bruma obrigou Vinicius a grande defesa, mas pouco depois o Sporting de Braga virou mesmo o resultado, por Al Musrati, de grande penalidade, que puniu mão de Maurício, já depois de Banza ter enviado a bola ao poste instantes antes (52).

A equipa de Paulo Sérgio parecia atordoada com a diferença de agressividade dos adversários e viu Álvaro Djaló fugir, tabelar com Banza e fazer o terceiro ainda antes da hora de jogo (59), o nono golo do extremo espanhol esta época em todas as competições.

Artur Jorge começou a refrescar a equipa tendo em vista também a deslocação a Madrid, para a Liga dos Campeões, na quarta-feira, e o jogo só reganhou intensidade nos últimos minutos.

Matheus mostrou atenção a remates de Pedrão e Carlinhos (74 e 85), mas pelo meio o Sporting de Braga já tinha feito o quarto golo, por Banza, também de penálti (83), que ‘bisaria’ dando a melhor sequência a um passe do recém-entrado André Horta e completaria o ‘hat-trick’ pouco depois aproveitando a ‘oferta’ de Luan.

 

Declarações após o jogo Sporting de Braga-Portimonense (6-1), da 10.ª jornada da I Liga de futebol entre, que decorreu hoje em Braga.

- Artur Jorge (treinador do Sporting de Braga): “Mais do que as diferenças entre a primeira e a segunda partes, destaco a atitude competitiva da equipa. Não é fácil depois de sofrer um golo aos 10 minutos de bola parada e senti alguma intranquilidade e nervosismo na equipa, alguma precipitação na tomada de decisão. Foi preciso esperar até ao intervalo para estar mais próximo dos meus jogadores para os serenar e mostrar que éramos mais do que estávamos a ser na decisão. Não fizemos alterações na equipa, só na abordagem mental ao jogo. Foi pedido que conseguissem ser o que têm sido, uma equipa de grande caráter, que dá tudo em todos os jogos e fosse em busca da vitória. Ganhámos bem e justamente.

Não creio que assim seja [a equipa precisar de estar em desvantagem para reagir]. Tivemos a iniciativa e o controlo do jogo, mas um golo de bola parada causa instabilidade na tomada de decisão, mas não perdi a confiança nos jogadores, que tiveram uma reação de uma grande equipa, que tem jogadores de grande qualidade e homens de grande caráter. Os meus parabéns à forma como ganharam o jogo.

Não mudar a equipa ao intervalo foi importante, claramente a mensagem foi essa. Podia mudar a equipa toda, mas sem essa confiança no que podíamos fazer punha tudo em causa e esse momento foi importante para eles sentirem esse estímulo. Acredito que podemos fazer mais e melhor ainda.

Este é o caminho para os nossos objetivos, ganhar jogos, e ganhámos com muito mérito e muita justiça. Fazer um golo logo a abrir a segunda parte foi importante e veio ajudar na confiança que foi passada à equipa.

(‘Hat-trick’ de Banza) É importante para nós, está com uma eficácia muito boa. No golo seu que foi anulado veio ao banco perguntar se tinha sido por muito [o fora-de-jogo], e eu disse-lhe que ia fazer a seguir. Sabemos que os avançados, não só o Simon [Banza], como o Abel [Ruiz], o Álvaro [Djaló] ou o Ricardo [Horta] alimentam-se de golos e é importante que os possam fazer para estarem confiantes e motivados.

Optámos não forçar o Serdar por gestão física”.

 

- Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Não há justificação para uma derrota com estes números. Estivemos muito bem na primeira parte, eliminámos a criatividade do Sporting de Braga e isso desapareceu no segundo tempo. Houve falta de concentração, falhámos nas coberturas, a inexperiência de alguns atletas notou-se, sofremos três golos em 11 minutos e sem bola não interpretámos o que lhes pedi.

Com a qualidade do Sporting de Braga, corremos o risco de sofrer resultados destes. Foram golos muito consentidos da nossa parte e a organização foi-se desmoronando. A concentração e humildade para parar o jogo do Sporting de Braga foi desaparecendo.

Não gostei nada do segundo tempo no que toca a entreajuda, humildade e ao compromisso coletivo. Houve falta de atitude, de responsabilidade individual nos duelos, displicência sem bola. A segunda parte dececionou-me bastante e não é para repetir. Abordámos o segundo tempo com leviandade”.

 

GYS // AMG

Lusa/Fim