O ISQ acaba investir na Startup Deep Focus, uma nova empresa que pretende contribuir positivamente para a neutralidade carbónica nomeadamente na pesquisa e prospeção sustentável e responsável de matérias-primas críticas em ambiente marinho e com recurso a tecnologia de última geração baseada em inteligência artificial (IA).
“A principal missão desta Startup é maximizar o sucesso na descoberta de novas fontes de metais (caso do níquel, cobalto, cobre e elementos das terras raras) de alto valor económico e com o menor impacto possível para o ecossistema marinho”, refere Pedro Matias, Presidente do Grupo ISQ.
“A pesquisa e prospeção marinha já é uma realidade atualmente e por isso é muito importante que a mesma seja feita com total responsabilidade ambiental e respeito pela biodiversidade. Acreditamos que a pesquisa e prospeção de matérias-primas marinhas desempenharão um papel crucial para a transição energética global e podem ser feitas de forma sustentável e responsável se houver um conhecimento real do fundo do mar, garantindo assim o mínimo de danos à biodiversidade”, acrescenta Pedro Matias.
A empresa conta com uma equipa especializada em Inteligência Artificial e geologia e irá oferecer ao mercado serviços de consultoria de pesquisa e prospeção avançada, quer na área da previsão e quantificação de recursos minerais críticos, quer no mapeamento de ecossistemas vulneráveis do mar profundo.
A Deep Focus nasceu de um projeto de prova de conceito desenvolvido pelo ISQ no âmbito do programa Small ARTES da Agência Espacial Europeia (ESA), no final de 2016, e rapidamente evoluiu para um projeto de demonstração da ESA, entre 2020 e 2022. “A demonstração operacional da tecnologia desenvolvida foi efetuada numa das regiões do Mundo mais estudadas do oceano, a Clarion-Clippertone Zone no Oceano Pacífico, em estreita colaboração com vários intervenientes e reguladores ligados à ciência e aos recursos em mar profundo”, refere João Carvalho, CEO da Deep Focus.
“A tecnologia que a Deep Focus utiliza consiste num sistema digital inovador, e em constante evolução, que permite integrar e processar dados de diversas fontes com IA, nomeadamente técnicas de machine learning, para gerar informação sobre áreas-alvo de elevado valor para diferentes tipos de metais, ajudando a identificar regiões e áreas vulneráveis em mar profundo”, complementa João Carvalho, CEO desta Startup.
A combinação desta informação permite otimizar e reduzir os custos e a incerteza associada à pesquisa e prospeção em mar profundo, enquanto assegura a identificação de áreas com ecossistemas marinhos vulneráveis e apoia a organização sustentável e responsável da utilização do espaço e dos recursos marinhos.
Neste momento estão a ser estabelecidas parcerias com entidades privadas, académicas e regulatórias e a ser desenvolvidos modelos mais customizados às necessidades de cada cliente.
ISQ