A Associação Natureza de Portugal/World Wide Fund For Nature (ANP/WWF) vai fomentar a recuperação da serra do Caldeirão com uma iniciativa de restauro ecológico da envolvente de uma antiga lixeira, em Cachopo (Tavira), anunciou a organização.
A intervenção será feita no âmbito da Iniciativa de Restauro da Paisagem da Serra do Caldeirão (Algarve), numa área de cinco hectares, e conta com o apoio da Junta de Freguesia de Cachopo, localidade situada a cerca de 40 quilómetros do litoral algarvio, acrescentou a mesma fonte num comunicado.
“O objetivo desta intervenção é contribuir para a recuperação dos ecossistemas e da biodiversidade locais, bem como para a conservação da água e dos solos, complementando assim o trabalho já desenvolvido nos projetos que a ANP|WWF tem empreendido na freguesia”, precisou a ANP/WFF.
O especialista em água da associação de promoção e conservação da natureza Afonso do Ó destacou a iniciativa vai permitir “alargar a área de restauro ecológico nesta zona do país”, num trabalho que é feito “em parceria com as associações, autoridades e comunidades locais para recuperar a floresta e biodiversidade da Serra do Caldeirão”.
Entre as medidas a adotar estão a “erradicação de espécies infestantes” e a “plantação de alfarrobeiras, azinheiras, zambujeiros e medronheiros”, que vão ajudar à recuperação da “envolvente de uma antiga lixeira num terreno próximo da aldeia de Cachopo e do qual a Junta de Freguesia é proprietária”, frisou a associação.
“Neste caso, o projeto vai contribuir para impedir a deposição ilegal de resíduos na antiga lixeira e promover a fruição do espaço rural envolvente à povoação de Cachopo, cada vez mais procurada por visitantes em atividades de turismo da natureza”, considerou o presidente da Junta de Freguesia de Cachopo, Rafael Ribeiro Dias, citado no comunicado.
Carla Pereira, diretora de marketing da empresa que financia a iniciativa, destacou o papel da transportadora na adoção de uma “política de desenvolvimento sustentável” que promova a “redução das emissões carbónicas até ao ‘net’ zero” e contribua para a “proteção ambiental” através da “conservação da biodiversidade” e dos “ecossistemas florestais”.
Lusa