Jogo disputado no Estádio Municipal de Portimão.
Portimonense – Vizela, 0-0.
- Portimonense: Nakamura, Igor Formiga, Pedrão, Alemão, Filipe Relvas, Lucas Ventura, Carlinhos, Dener, Sylvester Jasper (Gonçalo Costa, 75), Hélio Varela (Rodrigo Martins, 90+2) e Hildeberto Pereira (Midana Cassamá, 57, Mvoué, 90+2).
(Suplentes: Vinicius Silvestre, Guga, Gonçalo Costa, Mvoué, Taichi Fukui, Ronie Carrillo, Midana Cassamá, Rodrigo Martins e Luan Campos).
Treinador: Paulo Sérgio.
- Vizela: Buntic, Tomás Silva (Hugo Oliveira, 72), Rodrigo Escoval, Jota Gonçalves, Lebedenko (Sava Petrov, 84), Pedro Ortiz (Diogo Nascimento, 72), Bruno Costa, Samu Silva (Dylan Saint-Louis, 61), Domingos Quina (Soro, 84), Matheus Pereira e Samuel Essende.
(Suplentes: Bursac, Hugo Oliveira, Anderson, Busnic, Alex Méndez, Diogo Nascimento, Alberto Soro, Sava Petrov e Dylan Saint-Louis).
Treinador: Rubén de la Barrera.
Árbitro: José Bessa (Porto).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Rodrigo Escoval (38), Midana Cassamá (86), Alemão (87) e Dener (90+8). Cartão vermelho direto para Pedrão (69).
Assistência: 1.610 espetadores.
O Portimonense, reduzido a 10 a partir dos 69 minutos, e o lanterna-vermelha Vizela anularam-se (0-0) hoje no Algarve, em jogo entre dois ‘aflitos’, da 24.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
Depois de uma primeira parte muito movimentada e com várias ocasiões, o jogo, que teve três bolas nos ‘ferros’, baixou de ritmo na segunda metade e, após a expulsão de Pedrão (69 minutos), os algarvios optaram por defender o ‘nulo’, que os minhotos tentaram desbloquear, sem sucesso.
O Portimonense, que soma cinco jogos sem vencer no campeonato, ocupa agora a 14.ª posição, com 23 pontos, mais cinco do que o Vizela, sem ganhar há três partidas e no 18.º e último lugar, com os mesmos pontos do Desportivo de Chaves, 17.º.
As duas equipas mudaram ambas duas ‘peças’ em relação às partidas da última jornada: no Portimonense, em ‘4-2-3-1’, regressaram Igor Formiga e Lucas Ventura, e no Vizela, em ‘4-3-3’, entraram no ‘onze’ Rodrigo Escoval e Pedro Ortiz.
A primeira parte teve duas faces: depois de cerca de 20 minutos tranquilos, com as duas equipas a estudarem-se mutuamente, mas ‘amarradas’ a meio-campo, o jogo ganhou emoção, com parada e resposta constante e várias oportunidades de golo flagrantes junto das duas balizas.
Sylvester Jasper, aos cinco minutos, e Matheus Pereira, aos nove, somaram as primeiras ameaças relativas, mas foi a partir dos 22 minutos que a partida saiu da apatia generalizada.
Foi Hildeberto Pereira, com um remate ao lado, depois de bom trabalho individual na área, a dar esse mote, que teve resposta, logo a seguir, de Samu Silva, com um ‘tiro’ de pé esquerdo ao poste direito da baliza de Nakamura (23 minutos).
As duas equipas ‘acordaram’ e, até ao intervalo, o jogo ‘partiu-se’ e o perigo dividiu-se entre os dois últimos terços.
Aos 32 minutos, Sylvester Jasper cruzou tenso da direita, com Dener a cabecear para defesa inicial de Buntic, que ‘ofereceu’ o corpo para negar a recarga a Hildeberto Pereira.
Os minhotos voltaram a responder, aos 36 minutos: inicialmente, Alemão afastou o perigo, quando Samuel Essende preparava a conclusão, a jogada prosseguiu pela direita e o lateral Igor Formiga cortou depois um remate rasteiro com ‘selo’ de golo de Matheus Pereira.
O ritmo baixou após o reatamento, mas o Portimonense, refrescando o setor atacante com Midana Cassamá, foi assumindo o controlo de forma gradual, só que a primeira oportunidade só chegou aos 67 minutos, num remate forte de Sylvester Jasper ao poste esquerdo.
Dois minutos depois, Samuel Essende surgiu isolado, Pedrão travou o adversário à beira da grande área e foi expulso. Na marcação do respetivo livre, Domingos Quina atirou contra a barreira.
Em inferioridade numérica, os algarvios trocaram o ímpeto ofensivo pelo equilíbrio defensivo – entrou o lateral Gonçalo Costa e a equipa arrumou-se em ‘4-4-1’ –, deixando o Vizela assumir o ascendente até ao ‘cair do pano’.
Os minhotos ampliaram o ataque com outro ponta de lança, Sava Petrov, para os minutos finais, mas o resultado já não se modificou, apesar de um corte arriscado de Alemão contra o poste direito da sua própria baliza, aos 81 minutos, e de um remate do suplente sérvio, que obrigou Nakamura a grande defesa (90+4).
Futebol: I Liga / Portimonense – Vizela (Declarações)
Declarações após o jogo Portimonense-Vizela (0-0), da 24.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje em Portimão:
- Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Uma partida em que as ocasiões claras de golo são nossas. Há um remate perigoso do Petrov agora no fim, que o Nakamura resolveu, mas nós temos várias situações de golo. Não fomos eficazes.
As incidências, as decisões, foram todas contra nós, ou pelo menos algumas de real importância. No lance do Pedrão, a carga de ombro começa no ombro e depois o Essende joga-se para a frente e aí dá a sensação que é nas costas. É uma carga de ombro que não me parece merecedora de cartão vermelho.
Tem de se ver com atenção o lance na área do Vizela em que o [Domingos] Quina domina a bola com o braço – a bola correu-lhe o braço todo –, e o lance da falta sobre o Lucas Ventura no primeiro tempo é claro de cartão vermelho, também convém que vejam com atenção.
Estas são decisões importantes que, por incrível que pareça, foram todas em nosso prejuízo. Isso ajudou a manter o Vizela vivo no jogo e a nós dificultou-nos bastante os últimos 20 minutos com uma unidade a menos.
Depois [da expulsão] tivemos de redobrar esforços para pelo menos garantir um ponto, embora com 10 [jogadores] voltássemos a ter mais uma situação de golo.
Penso que merecíamos tirar mais desta partida do que aquilo que tirámos, mas, devido às circunstâncias, é sempre importante somar um ponto.
Posso ter de concordar se ele [Rubén de la Barrera] se sentir na obrigação de vencer a partida com uma unidade a mais. Naquilo que ao jogo diz respeito, e às ocasiões de golo que aconteceram, quem tem de sair desiludido por perder dois pontos sou eu”.
- Rubén de la Barrera (treinador do Vizela): “Claramente perdemos dois pontos.
Na primeira parte, não começámos bem com a saída de bola que devíamos ter, mas, depois, ajustámos e progredíamos até ao meio-campo contrário com relativa facilidade, mas não ocupámos bem o espaço à frente da bola.
Na segunda parte, também ajustámos e corrigimos novamente. Chegávamos [ao meio-campo do Portimonense] com espaço, mas faltou desequilíbrio, em termos de último passe e de conseguir superioridades, e também faltou acerto na hora da finalização.
É difícil não ligar este jogo com o da semana passada [3-3 com o Estoril Praia]. Pretendíamos somar seis pontos, são dois. Há que olhar em frente, porque faltam muitos jogos e pontos por disputar”.