Com quase uma década de experiência como Assessor Político no Senado Italiano e na Assembleia Regional da Lombardia, além de ter sido Presidente de uma empresa pública italiana, Funassi traz consigo uma bagagem política e administrativa que o torna apto para o cargo. Além disso, a sua atuação como Deputado Suplente da Assembleia Municipal de Albufeira já o aproximava do cenário político local.
Ao ser questionado sobre a sua nomeação, Funassi expressou sua satisfação e destacou a convergência de ideais entre ele e o ADN. "O ADN quer o mesmo que eu, ou seja, um Portugal, Algarve e Albufeira mais desenvolvidos, seguros, solidários, democráticos, unidos, integrados, economicamente livres e soberanos", afirmou o novo coordenador.
Paolo Funassi também enfatizou a importância da integração dos estrangeiros de forma legal e respeitosa, ressaltando que essa sempre foi a sua preocupação principal ao propor ações para promover a inclusão das comunidades estrangeiras, vê no ADN um partido com princípios fortes e valores humanistas, o que o torna a casa ideal para todos os estrangeiros que desejam integrar-se com amor e respeito por Portugal.
Com a sua ascensão à posição de coordenador da Concelhia de Albufeira pelo ADN, Paolo Funassi enfrenta agora o desafio de liderar o partido localmente e promover as suas ideias e propostas para um Portugal e uma Albufeira melhores que certamente trarão um novo dinamismo à política local.
Paolo Funassi veio até Á Voz do Algarve, para dar a conhecer os seus objetivos.
A Voz do Algarve - Poderia partilhar connosco como foi a evolução do seu envolvimento desde a criação de um grupo dedicado ao progresso e apoio dos residentes estrangeiros até à sua adesão ao partido como coordenador da concelhia de Albufeira?
Paolo Funassi - Percebi que, em Portugal, a maneira mais rápida, prática e eficaz de ajudar as pessoas é estar dentro dos centros de decisões políticas. Afinal, como diz o ditado, "se não te ocupas de política, a política se ocupa de ti". Então, decidi dar esse passo e me envolver diretamente na política local. Acredito firmemente que podemos fazer a diferença trabalhando dentro do sistema político.
Quanto à minha evolução desde a criação do grupo de estrangeiros até minha adesão ao partido como coordenador da concelhia de Albufeira, foi uma jornada marcada por um desejo constante de promover mudanças positivas e representar as diversas comunidades de Albufeira de maneira mais eficaz. Estamos determinados a levar às urnas comunidades que nunca se sentiram verdadeiramente parte da cidade, estimulando sua participação ativa no processo político. Essa mudança está prevista para 2025. Os estrangeiros são uma parte importante de Albufeira, e quero destacar que o ADN é também a casa de todos os estrangeiros que vêm para o bem e amam Portugal. Essa é a mensagem que pretendo espalhar em todas as 90 comunidades estrangeiras presentes em Albufeira.
-V.A – Foi com alguma surpresa que muitos viram essa sua nomeação por um partido político?
-P.F – Antes de mais , muito obrigado por esta oportunidade de dirigir-me ao leitores. Na verdade, não considero uma surpresa. Com quase uma década de experiência como Assessor Político no Senado Italiano e na Assembleia Regional da Lombardia, além de ter sido Presidente de uma empresa pública italiana, a minha ligação com a política é profunda e enraizada. Aqui em Albufeira, já estava envolvido como Deputado Suplente da Assembleia Municipal. Portanto, posso dizer que a política está no meu sangue e no meu DNA.
-V.A – Como surgiu o convite e a sua nomeação para coordenador da Concelhia de Albufeira pelo partido Alternativa Democrática Nacional?
-P.F - Bem, o ADN compartilha dos mesmos ideais que eu. Eles também buscam um Portugal, Algarve e Albufeira mais desenvolvidos, seguros, solidários e democráticos. As suas ideias e valores estão alinhados com os meus especialmente quando se trata da integração respeitos a dos estrangeiros.
-V.A – Quais são seus planos para Albufeira como coordenador da Concelhia?
-P.F - Pretendo começar a atrair mais pessoas para o partido, promovendo reuniões e eventos. Além disso, tenho planos de ajudar nas eleições europeias e, mais adiante, apresentar um projeto robusto para vencer as eleições autárquicas em 2025. Acredito que podemos trazer uma mudança positiva e necessária para Albufeira.
-V.A – Além do desenvolvimento e integração das comunidades estrangeiras, quais são as suas principais preocupações e objetivos em relação à imigração em Portugal?
-P.F - Para nós, estrangeiros que escolhemos Portugal como nosso lar e respeitamos profundamente a sua cultura, a questão da imigração é de extrema importância. Sempre defendi uma imigração legal, ordenada e que respeite integralmente as leis portuguesas. Essa preocupação tem sido central nas minhas propostas para promover a integração de todos os estrangeiros na sociedade portuguesa. O ADN, como um partido com princípios e valores sólidos, humanistas e que defende a legalidade, é visto por mim como a casa ideal para todos os estrangeiros que desejam integrar-se com amor e respeito por Portugal.
-V.A – Parece estar muito expectante e entusiasmado com sua nova posição. O que tem a dizer sobre isso?
-P.F - Sim, estou realmente muito feliz e animado com essa oportunidade. Gostaria de expressar meu sincero agradecimento ao Dr. Bruno Fialho, Presidente do ADN, e especialmente à equipa da distrital do ADN do Algarve, representada por pessoas incríveis como o João Teixeira a Manuela Campos e a Anabela Morais. Eles podem ter a certeza de que estou comprometido em trabalhar arduamente para dar mais visibilidade ao ADN, fortalecer o partido e garantir mais votos. Estou determinado a contribuir para o sucesso do ADN em Albufeira e em todo o Algarve.
-V.A - Tem sido bastante ativo na comunicação social nos últimos meses, dando mais entrevistas do que qualquer outro político albufeirense. Como explica esse aumento de visibilidade?
-P.F - De facto, tenho procurado estar presente nos meios de comunicação, tanto nacionais quanto internacionais, para dar a conhecer o meu trabalho em prol de todos os residentes de Albufeira, sem exceção. Acredito firmemente na importância de representar e dar voz a todas as pessoas, como diz o Papa, "todos, todos, todos", sem distinção. A resposta positiva que tenho recebido nas redes sociais, com um grande número de seguidores e visualizações nas minhas publicações, é um sinal claro de que as pessoas estão interessadas no que estou a construir em Albufeira e no Algarve. Isso motiva-me ainda mais a continuar a trabalhar incansavelmente em prol da comunidade.
-V.A – Mencionou o seu trabalho em Albufeira, onde reside. Quais são seus projetos e sonhos agora que está envolvido com o ADN?
-P.F - No momento, estou focado em atrair mais pessoas para se aproximarem do partido. Já iniciei reuniões com diversos indivíduos para discutir ideias e possíveis colaborações. Além disso, como a política nunca descansa, pretendo contribuir para o ADN nas eleições europeias, procurando representar os interesses de Albufeira dentro do partido. No entanto, o meu objetivo principal e concreto é apresentar um projeto sólido e viável para uma nova Albufeira, visando ganhar as eleições autárquicas em 2025. Estou determinado a trabalhar incansavelmente para tornar esse sonho uma realidade.
-V.A – Referiu a possibilidade de ganhar as eleições autárquicas em 2025. Considerando o atual cenário político em Albufeira, acha realmente possível alcançar esse objetivo?
-P.F - Compreendo que a política em Albufeira tem estado apática e distante das pessoas. O sucesso do partido Chega nas últimas eleições é um reflexo claro do desejo por mudança na região. Acredito que a Alternativa Democrática Nacional (ADN) representará essa mudança em 2025. Pretendemos apresentar diversas propostas e formar uma equipa forte para alcançar esse objetivo. Além disso, a popularidade e os votos desempenham um papel crucial nesse processo. Modestamente, devo dizer que sou uma figura bastante conhecida em Albufeira, especialmente considerando que quase metade da população é estrangeira, e é nessas comunidades que tenho uma base sólida de apoio e popularidade. Portanto, sim, acredito firmemente na possibilidade de vencer as eleições autárquicas em 2025.
-V.A – É verdade que muitas comunidades estrangeiras também participam das eleições autárquicas. Como pretende envolver e mobilizar essas comunidades para participarem ativamente do processo político em Albufeira?
-P.F - Exatamente, muitas comunidades estrangeiras têm o direito de votar nas eleições autárquicas, mas historicamente têm participado em números baixos devido à falta de inclusão real. No entanto, em Albufeira, há quase 5 mil residentes estrangeiros que também possuem nacionalidade portuguesa, além de cerca de 20 mil residentes estrangeiros adicionais. Com apenas 5 mil votos, pode-se conquistar a Câmara Municipal, considerando a alta taxa de abstenção. Estamos determinados a mudar esse cenário em 2025, procurando envolver e estimular a participação das comunidades estrangeiras que nunca se sentiram verdadeiramente parte da cidade. Através de iniciativas de conscientização e inclusão, esperamos transformar essas comunidades em eleitores ativos e conscientes do seu papel na construção de uma Albufeira melhor.
-V.A – Algumas pessoas podem considerar as suas metas um tanto otimistas…
-P.F - É verdade que as minhas metas podem parecer ambiciosas para alguns, mas prefiro encará-las como um desafio a ser superado. Sou um lutador por natureza e nunca desisti, mesmo diante de adversidades, ofensas e ameaças que tenho enfrentado ao longo do caminho. Acredito que com dedicação, trabalho árduo e o apoio da comunidade, podemos alcançar resultados positivos e promover mudanças significativas em Albufeira. O otimismo é fundamental para manter o foco e a determinação e estou comprometido em seguir adiante, independentemente dos obstáculos que possam surgir.
-V.A – Você mencionou que as eleições autárquicas ainda estão distantes, mas já mencionou as europeias que ocorrem em junho. Você tem interesse em se candidatar?
-P.F - Eu prefiro não falar sobre mim nesse aspecto, mas acredito que seria uma decisão excelente se o ADN optasse por candidatar um estrangeiro bem integrado que ama Portugal. Isso seria um sinal muito positivo tanto para o partido quanto para a sociedade em geral.
-V.A – Para concluir, há alguma mensagem final que gostaria de deixar para os seus eleitores?
-P.F - Certamente. Quero assegurar a todos os eleitores que, comigo, será sempre promovida uma política honesta, séria e incansável em prol de todos os portugueses e estrangeiros que amam Portugal. Acredito firmemente que, juntos, somos mais fortes e que o ADN é o partido certo para promover mudanças positivas tanto em Portugal quanto em Albufeira. Conto com o apoio de todos vós nessa caminhada rumo a um futuro melhor para a nossa comunidade.
Por: Nathalie Dias