Centenas de adeptos saíram do «sofá» para festejar em Faro o 20.º título nacional de futebol do Sporting, exaltando o percurso dos «leões» e pedindo ao treinador Rúben Amorim para permanecer na próxima época.
O jogo Famalicão-Benfica (2-0) ainda decorria, com um resultado que já colocava os ‘verde e brancos’ na rota dos festejos, quando os primeiros adeptos ‘leoninos’ começaram a chegar à baixa da capital algarvia.
Em família, João, de 30 anos, acompanhado da mãe, da irmã e dos sobrinhos, foi o primeiro a gritar ‘O campeão voltou’, mal se ouviu o apito final que confirmou a vitória dos minhotos e o título sportinguista.
“Um bocado envenenado, este presente do Benfica. Estava à espera que fosse no sábado, ir descansado jantar fora e ver o meu Sporting [frente ao Estoril Praia] ser campeão, mas foi hoje”, disse o adepto sportinguista à Lusa.
Quando os ‘encarnados’ sofreram o primeiro golo, dirigiram-se logo à baixa farense. “Quando foi o 1-0, já está, acabou. E para o ano é nosso outra vez, está escrito. Fica, Amorim”, exclamou, elogiando o treinador do Sporting.
Na zona onde habitualmente os adeptos de futebol concentram os seus festejos na cidade de Faro, junto à doca, a caravana automóvel começou a aumentar, misturando as buzinas com os cânticos e alguns foguetes.
Artur Mascarenhas, de 54 anos, “já estava com saudades” e voltou à rua três anos depois para celebrar um título “espetacular e brutal” do Sporting, embora tenha dito à Lusa que preferia tê-lo feito com a formação sportinguista a jogar.
“Não demos hipótese, a equipa esteve muito bem. Com as contratações que fizemos, especialmente Gyökeres e Hjulmand, limpámos o campeonato e agora é ganhar a Taça de Portugal para fazer a ‘dobradinha’”, salientou o associado ‘leonino’.
A permanência de Rúben Amorim foi um pedido unânime dos muitos adeptos que acorreram à baixa de Faro para festejar a preceito o 20.º título nacional.
“Não esperava isso de um benfiquista, fui daqueles que esteve contra quando ele foi contratado, mas tenho de dar a mão à palmatória. Espero que não se vá embora”, frisou Artur Mascarenhas.
Gonçalo Pereira, 26 anos, celebrou no ‘sofá’, mas esperava que o Sporting festejasse “para a semana” porque “estava pronto para ir para o Marquês” de Pombal, em Lisboa. “Mas infelizmente, ou neste caso felizmente, já somos campeões”, atirou.
“É especial. Espero que todos fiquem no Sporting para repetirmos isto no próximo ano. É preciso consistência para voltarmos a ter esta alegria”, referiu.
Assinalando que Gyökeres - melhor marcador da I Liga, com 27 golos -, Trincão e “o grande Rúben” Amorim foram as principais figuras da equipa, o jovem adepto afiançou que o treinador “é para ficar”.
Joana, 43 anos, que trouxe os dois jovens filhos à festa – um deles fez questão de dizer que era portista –, estava à espera de “adiar as celebrações para a próxima semana”, tendo considerado o título “merecidíssimo” e destacado Rúben Amorim e Gyökeres como as grandes figuras dos ‘leões’.
O Sporting sagrou-se no domingo campeão português de futebol pela 20.ª vez, beneficiando da derrota do Benfica na visita ao Famalicão, por 2-0, na 32.ª jornada da I Liga, para chegar ao título.
Com este resultado, o Sporting, que no sábado venceu em casa o Portimonense (3-0), volta a conquistar o título, depois do último em 2020/21, somando 84 pontos, mais oito do que o Benfica, quando estão apenas duas jornadas por disputar.
Lusa