A segunda fase do monumento à Procissão de Aleluia é inaugurada esta sexta-feira, 17 de maio, revelando mais um novo elemento deste monumento que perpetua a Procissão de Aleluia, tesouro do património cultural imaterial são-brasense e prestar homenagem a todos quantos, ao longo dos séculos, a mantêm viva. A terceira e última fase do monumento deverá ser apresentada na Páscoa de 2025
O Município de São Brás de Alportel dá a conhecer o segundo elemento do monumento à Aleluia, que vem assim dar mais força a este monumento que está a ser instalado no início do troço sul da Avenida da Liberdade. A inauguração do segundo elemento está marcada para esta sexta-feira, 17 de maio, pelas 18h00.
Desde a inauguração do primeiro elemento do monumento, a 21 de janeiro deste ano, que este é um novo ponto de atratividade turística do concelho que procura valorizar a cultura e o património imaterial local, ao mesmo tempo que se assume uma homenagem à Procissão da Aleluia, momento maior da comunidade são-brasense que é celebrado anualmente no domingo de Páscoa e que junta todos os filhos seus, dispersos pelo mundo e atrai milhares de visitantes.
O primeiro elemento artístico já exposto foi produzido em bronze e ilustra em tamanho real a figura do homem são-brasense que participa na Procissão da Aleluia. O segundo e terceiros elementos representarão as próximas gerações dos seus filhos e netos.
Um conjunto que alude à passagem de testemunho das tradições e ao envolvimento das entidades e associações parceiras e de toda a comunidade nesta festa.
Importa recordar que os três elementos artísticos são da autoria de Manuel Belchior e Teresa Paulino e resultam de um projeto artístico, de valorização cultural, patrimonial e turística do concelho que perpetua ao longo de todo o ano este momento especial da comunidade são-brasense.
Esta obra de arte urbana instalada no troço sul da Avenida da Liberdade, alvo de um projeto de reabilitação que integrou também a reabilitação do Largo de São Sebastião e da Rua Gago Coutinho, projeto que incluiu a criação de elementos de caçada artística que evocam a passadeira de flores que é elaborada pela comunidade são-brasense, para receber a Procissão da Aleluia.
É justamente neste cenário que o monumento se insere, permitindo que o domingo de Páscoa se eternize todos os dias do ano.
Breves notas biográficas sobre os artistas:
Manuel Belchior
Natural de São Brás de Alportel, Manuel Belchior era ainda muito jovem quando tomou contacto com a arte na Escola Tomás Cabreira, em Faro, onde concluiu o curso industrial.
Frequentou durante três anos a Escola Militar de Paço de Arcos, em Lisboa.
Trabalhou durante cerca de 40 anos em laboratórios de engenharia eletrónica na Alemanha foi autor de algumas inovações nesta área.
Paralelamente, faz desde 1960 exposições das suas obras tanto na Alemanha como em Portugal e integra o grupo “Prisma”, dedicado à pintura e à escultura.
Algumas das suas obras encontram-se em coleções particulares na França, nos Estados Unidos da América, na Inglaterra e em Portugal.
A sua peça “Algarvio” está instalada na Biblioteca Municipal Dr. Estanco Louro, em São Brás de Alportel.
Uma das suas pinturas está exposta na Câmara Municipal e recentemente serviu de modelo à criação de uma peça em cerâmica.
Em 1994 iniciou o projeto “As paredes florescem”, cerca de 50 murais com 6 metros por três produzidos em acrílico numa das maiores fábricas da Europa.
Expões permanentemente na Galeria “Die Goldschmiede”, em Munique, Alemanha.
O seu trabalho revela a sua tendência para o impressionismo assim como para a sua preferência pelo trabalho de materiais como o metal, a madeira, o cimento e o cobre, este último com uma técnica muito própria).
Teresa Paulino
Teresa Paulino nasceu em Lisboa em 1970 e vive, atualmente, no Algarve.
Estudou em Lisboa na Escola de Artes António Arroio, concluiu a licenciatura na Universidade do Algarve e terminou a licenciatura em Lisboa na Escola Superior de Artes e Tecnologia.
Ganhou o projeto de ideias para a rotunda do Aeroporto de Faro e a partir daí iniciou o seu percurso na escultura, com a conhecida obra ‘Os Observadores’.
Os trabalhos da escultora têm vindo a ganhar espaço em vários concelhos do Algarve. A título de exemplo é possível elencar as obras: Figuras do “Pescador”, do “Guarda Fiscal” e do “Contrabandista”, em Alcoutim; o “Homem com Criança”, em Lagos; a “Rotunda dos Pescadores”, em Quarteira; a “Vendedora do Mercado” em bronze instalada ao pé do Mercado Municipal de Loulé e a “Homenagem aos turistas”, instalada em Albufeira.
Além de esculturas em pedra, bronze e ultimamente em fibra de vidro, trabalha também nas áreas de pintura, design, ilustração, fotografia e animação.
A artista gosta de experimentar novas técnicas e novas ideias para melhorar o seu trabalho.
Normalmente trabalha por encomenda, faz exposições e participa em concursos promovidos por entidades.