António Dores, antonio.humberto.dores@gmail.com
A noite cai em assombro, a noite fria
Velando o cansaço do dia-a-dia
E a memória adormece sobranceira
O sonho domina a noite de franqueada
E o teu corpo de colorida fada
Brilha no auge de igual maneira…
Hoje tu és a minha convidada
Entrando na cama onde descanso
Sonhando com esse ribeiro manso
Cheio de água “abensonhada”
Agora tudo é difuso,
Tudo é sonho e memória
E as Glórias antigas fazem História
E tudo é futuro à nossa frente
Hoje tu és água e eu semente
Corpo de prazer e alegria
Pois aquilo que se nega ao dia
Transforma-se agora de forma tão diferente
E tudo é luz, tudo é prazer
Tudo é calor e corpos a arder
Penetrando eu na tua mente…
Pousas a tua mão na minha cabeça
Lendo-me assim os pensamentos
Descortinando esses íntimos segredos
Tão confessados, tão intensos…
Deito-me contigo na nossa cama
Esperando que essa ardente chama
Consuma os nossos corpos nus sem descanso
E agora tu és água e eu ribeiro manso
Fluindo nas noites escuras e frias
Às quais se segue a fúria dos dias
Sempre que na partida
Com o meu olhar novamente te alcanço…!!...