António Dores, antonio.humberto.dores@gmail.com
Feitos da língua são feitos
Que na gramática acontecem
Nocturnos verbos noctívagos
Entre vírgulas que estremecem
São exclamações de pasmo
São interrogações e pontos finais
São estes os bichos simpáticos
Da língua de nossos Pais…
São bichos manhosos e esquivos
Que se escondem entre adjectivos
Que pululam pela gramática
São textos de caracter empático
Belos, lindos paralelos
Escritos de forma simpática
São semáforos amarelos
Verdes e vermelhos belos
São os cruzamentos da língua
São estrada que se percorre
De bicicleta ou a pé
São as regras da fonética
Depois de se beber uma água-pé
E depois do texto escrito
Em horário nocturno
Descobrem-se bichos e mais bichos
Feitos de frases, gorgulhos
Que infestam as directrizes…
É nocturno este poema
Feito em horário diurno
Espantaleão de amanhecer
Grunhão feito de entulho
Que cimenta no prazer
De escrever imaginando
Palavras Cheias de Orgulho…!!...