Segundo título de 2024 e 11.º da carreira para Gauthier Onclin
Frederico Silva ficou a uma vitória de celebrar pela primeira vez dois títulos numa quinzena. Uma semana depois do terceiro título da temporada e 19.º do palmarés neste mesmo local, o tenista de 29 anos foi derrotado na final do Vale do Lobo Open III, o ITF M25 que a Federação Portuguesa de Ténis organizou na Vale do Lobo Tennis Academy, pelo belga Gauthier Onclin.
Numa final entre os dois primeiros cabeças de série do derradeiro ITF masculino de 2024 em solo nacional, Frederico Silva (384.º da hierarquia ATP) desperdiçou uma vantagem de 5-3 no parcial inaugural, que perdeu em mais de 80 minutos, e viu Gauthier Onclin (264.º) consumar a ‘vingança’ do desaire nos quartos de final da semana passada e da final da Beloura há sensivelmente um mês com os parciais de 7-5 e 6-1 em 2h22.
O belga de 23 anos, acompanhado pelo antigo top 40 Steve Darcis, fez o break cirúrgico quando o caldense serviu com bolas novas, concretizou o sétimo set point (num jogo em que o português cometeu duplas faltas em momentos críticos) e descolou rumo ao 11.º título da carreira e segundo da temporada ao sobreviver ao primeiro jogo do segundo set (dois break points salvos). Após o melhor início do jogador da casa, Onclin tornou-se o mais sólido e o que melhor jogou os pontos mais relevantes.
"Fiz um primeiro set bastante bom, tive oportunidades para fechar, mas acabou por me fugir mal. No segundo já não consegui gerir tão bem, custou-me um pouco depois de um primeiro set duro e algum cansaço acumulado. E ele também não me deu grandes hipóteses de regressar ao encontro. Tentei manter-me presente o máximo possível, mas na verdade ele jogou muito bem e as coisas saíram-lhe muito de feição hoje. Ele fez uma belíssima final", resumiu o português no rescaldo.
Depois de duas finais cedidas na Beloura, uma delas para Silva, Gauthier Onclin conseguiu finalmente celebrar em Portugal e festejar pela primeira vez desde a lesão no ombro direito que o afastou de julho a outubro. Com este triunfo, o antigo 194.º do ranking fica muito perto de consumar o apuramento para o qualifying do Australian Open, mas para isso terá de chegar ao fim de semana decisivo da próxima prova em Monastir.
“A semana passada não aproveitei as vantagens que tive. Hoje fui mais sólido e concretizei melhor as oportunidades. Ele foi melhor jogador no início, mas a 5-3 abaixo passei a ser mais sólido. Estou feliz por ter sido consistente nos momentos importantes e claro que o primeiro parcial foi crucial. Joguei melhor no segundo set e sabia que ele tinha muitos encontros nas pernas”, destacou Onclin.
Fica a promessa de regresso ao nosso país, ainda que se voltar em janeiro para os Indoor Oeiras Open será mau sinal, sinal que o objetivo Melbourne falhou. “Portugal é um ótimo país e para jogar ténis é incrível. A organização é sempre excelente. Na Bélgica faltam torneios e aqui é um bom exemplo e ajuda os jovens como o [Henrique] Rocha, o [Jaime] Faria ou o [Nuno] Borges. É um país excelente e adoro voltar cá”.
E se Onclin segue para a Tunísia, a viagem de Frederico Silva é consideravelmente mais curta até à Maia para disputar o derradeiro torneio de 2024 no nono e último Challenger da temporada em Portugal, onde terá pela frente na ronda inaugural o ex-23.º ATP Damir Dzumhur. O número cinco nacional sai do Sul do país com um título no bolso, o marco nacional inédito de 40 finais de carreira internacional, 51 vitórias na presente época e cinco decisões disputadas. E tem o regresso ao top 300 na mira após ter sido 612 do ranking em junho.
“Foram duas semanas bastante boas. Faltou hoje fechar da forma que queria, mas assinaria estes resultados no início. São pontos e vitórias importantes. Nesta altura tantos encontros seguidos tem um peso maior do que no início da temporada e estou satisfeito pela forma como lidei com isso”.
Gabinete de Imprensa do Vale do Lobo Open
