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Crédito da casa: m2 ultrapassa pela 1ª vez os 1.700 euros para a banca

19:00 - 29/11/2024 ECONOMIA
Bancos estão a avaliar cada vez mais casas, perante descida dos juros nos créditos habitação e isenção do IMT para jovens.
Há cada vez mais casas a serem avaliadas pelos bancos, um processo essencial na hora de pedir crédito habitação. E o valor atribuído por cada metro quadrado (m2) das casas também continua a subir mês após mês, registando novos recordes. Em outubro, o valor mediano da avaliação bancária na habitação foi de 1.721 euros, um novo máximo histórico, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Só no passado mês de outubro foram avaliadas pelos bancos um total de 34.905 habitações, mais 29,9% face ao período homólogo e mais 5,5% face ao mês anterior, indica o INE. Isto quer dizer que os bancos têm avaliado mais casas no âmbito de contratos de crédito habitação, numa altura em que os juros estão mais baixos (seja por via da queda da Euribor ou das taxas mistas mais baratas). A par de tudo isto, a procura de crédito habitação também aumentou desde a entrada em vigor da isenção de IMT e Imposto de Selo para jovens.
 
O que também salta à vista é que o m2 está cada vez mais caro para os bancos. “Em outubro, o valor mediano de avaliação bancária realizada no âmbito de pedidos de crédito para a aquisição de habitação, fixou-se em 1.721 euros por metro quadrado (euros/m2), tendo aumentado 26 euros (1,5%) face a setembro”, explica o instituto no boletim publicado esta terça-feira, dia 26 de novembro. Este valor constitui um novo recorde, sendo a primeira vez que ultrapassa a fasquia dos 1.700 euros/m2.
A nível geográfico, verifica-se que o valor mediano da avaliação bancária na habitação subiu em todas as regiões no último mês, com destaque para a Região Autónoma da Madeira, que apresentou o “aumento mais expressivo face ao mês anterior (2,6%)”.
Em comparação com outubro de 2023, o valor mediano das avaliações bancárias cresceu 12,0%, observando-se a variação “mais intensa” também na Região Autónoma da Madeira (17,4%), não tendo ocorrido qualquer descida.
Apartamentos: m2 avaliado em mais de 1.900 euros
 
No caso dos apartamentos, o valor mediano de avaliação bancária também atingiu um novo recorde em outubro, de 1.920 euros/m2, tendo por base a avaliação de 22.489 fogos. Os valores mais elevados foram observados na Grande Lisboa (2.534 euros/m2) e no Algarve (2.291 euros/m2). Já o Centro apresentou o valor mais baixo (1.250 euros/m2).
O valor mediano da avaliação bancária dos apartamentos apurado para outubro foi, assim, 12,9% superior ao registado no mesmo mês do ano passado. A Região Autónoma da Madeira apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (20,0%), tendo-se verificado uma única descida no Alentejo (-1,1%). 
“Comparativamente com o mês de setembro, o valor de avaliação dos apartamentos subiu 2,0%, registando a Região Autónoma da Madeira a maior subida (5,0%), não se tendo verificado qualquer descida”, lê-se no boletim.
 
A maioria das avaliações dos apartamentos realizadas neste período foram nas seguintes tipologias:
Apartamentos T1: o valor mediano da avaliação aumentou 56 euros, para 2.500 euros/m2;
Apartamentos T2: valor da avaliação subiu 30 euros, para 1.962 euros/m2;
Apartamentos T3: valor cresceu 40 euros, para 1.707 euros/m2. 
 
M2 das moradias atingem novo recorde de 1.317 euros
Também as moradias têm um novo recorde no valor mediano da avaliação bancária, que atingiu os 1.317 euros/m2 em outubro, tendo sido consideradas um total de 12.416 casas. “Os valores mais elevados observaram-se no Algarve (2.470 euros/m2) e na Grande Lisboa (2.461 euros/m2), registando o Centro e o Alentejo os valores mais baixos (1.000 euros/m2 e 1.027 euros/m2, respetivamente)”, detalha o INE.
Este valor representa uma subida homóloga de 9,7% no valor da avaliação bancária das moradias. Foi o Algarve que apresentou o maior crescimento homólogo (16,0%), não se tendo registado qualquer descida. 
Face a setembro deste ano, o valor de avaliação bancária das moradias subiu 1,2%, tendo o Alentejo apresentado o crescimento mais expressivo (2,6%) e o Centro a única descida (-1,6%). 
 
Cerca de 89,2% das avaliações de moradias realizadas em outubro dizem respeito às seguintes tipologias:
Moradia T2: valor mediano desceu 10 euros, para 1.323 euros/m2;
Moradias T3: valor subiu 26 euros, para 1.304 euros/m2;
Moradias T4: caiu 1 euro, para 1.344 euros/m2.
 
 
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