Europeus acreditam que os preços das casas vão subir 3,2% em 12 meses. Já os portugueses apontam para uma subida de 5,8%.
Como vão evoluir os preços das casas nos próximos 12 meses? E as taxas de juro no crédito habitação? Os europeus acreditam que os preços das casas vão continuar a subir uma média de 3,2%, tendo baixado ligeiramente as suas expectativas sobre a evolução dos juros em maio. Já os portugueses estão bem mais pessimistas sobre o futuro da habitação.
Na Europa, “os consumidores esperam que o preço das casas aumente, em média, de 3,2% nos próximos 12 meses, o que não mudou em relação a abril”, começa por explicar o ECB Consumer Expectations Survey de maio. E as famílias com os salários mais baixos continuam a esperar uma maior subida do preço das casas (3,5%) do que os agregados com rendimentos mais elevados (3,1%).
Logo sobre este ponto, os portugueses parecem estar mais pessimistas do que os europeus, prevendo um aumento médio do custo da habitação de 5,8% nos próximos 12 meses, tendo mesmo agravado a perspetiva face ao mês anterior (+5,4%). Entre os Estados-membros analisados, Portugal é mesmo segundo menos otimista nesta matéria, estando apenas atrás da Grécia (+8,7%). A verdade é que a venda de casas e os preços estão em alta no país e não se espera um abrandamento por via do crescimento da oferta no curto prazo.
Quanto ao crédito habitação, as expectativas dos europeus para as taxas de juro nos próximos 12 meses caíram para 4,4% face aos 4,5% em abril. Também em Portugal as expectativas caíram para 3,8%, sendo agora as mais baixas da Europa. Não é de estranhar, uma vez que tem sido antecipado que o fim da queda da Euribor estará para breve.
“Como nos meses anteriores, as famílias com menores rendimentos esperavam as maiores taxas de juro nas hipotecas nos próximos 12 meses (4,9%), enquanto as famílias de maior rendimento esperavam as menores taxas (4,1%)”, destaca ainda o documento.
Há, ainda assim, menos famílias a admitir um aperto no acesso ao crédito habitação no último ano em relação àquelas que relataram uma flexibilização. Também há, em maio, menos agregados familiares a esperar um aperto no acesso aos empréstimos da casa nos próximos 12 meses, revertendo o aumento visto em abril.
Idealista News