Será o primeiro empreendimento do género na Europa e vai nascer num terreno com 126 hectares. «É um projeto para os próximos cinco anos», diz Miguel Real, da TOTE SER.

Vai nascer no Algarve o primeiro mega condomínio ‘anti-aging’ e bem-estar de luxo da Europa. A localização em concreto do South Valley, como se chama o empreendimento, permanece “confidencial”, revela ao idealista/news Miguel Real, marketing specialist da TOTE SER, empresa portuguesa responsável pela gestão do projeto, adiantando que o investimento necessário para o fazer nascer – abrange um terreno com 126 hectares – ronda os 250 milhões de euros.

“Este empreendimento engloba residências (moradias unifamiliares e apartamentos),hotéis, um hospital-internacional-campus universitário, diversas clínicas de rejuvenescimento e reabilitação, um restaurante de qualidade estrela Michelin, bem como espaços de lazer como trilhos para andar a cavalo ou a pé, um campo de golfe, e a lista continua”, conta o responsável.

Trata-se de um ambicioso projeto que vai “sair do papel” na sequência de uma parceria entre a TOTE SER e outros proprietários internacionais, cujos nomes permanecem em segredo. “Os próximos passos visam a comercialização da totalidade dos ativos, fechar a rede de co-investidores e passar às escrituras, seguida do planeamento das infraestruturas e por fim da construção. Este será um projeto para os próximos cinco anos”, explica Miguel Real.

Fale-nos um pouco sobre este projeto. O projeto vai nascer no Algarve concretamente onde? 

A localização é confidencial, isto porque o projeto está em fase de negociações com CPCV's e escrituras a decorrerem – o que faz com que seja uma fase muito sensível e por conseguinte seja impossível divulgar a localização. O South Valley procura conjugar as componentes de saúde, relaxamento e bem-estar com um requinte pioneiro. Sendo o primeiro da Europa, pelas diferentes áreas que aglutina, este projeto apela assim a um ‘target’ que apesar de existente, nunca dispôs de umas instalações deste calibre seja na sua dimensão como no ‘status’ que está associado para desfrutar. 

Este empreendimento engloba residências (moradias unifamiliares e apartamentos), hotéis, um hospital-internacional-campus universitário, diversas clínicas de rejuvenescimento e reabilitação, um restaurante de qualidade estrela Michelin, bem como espaços de lazer como trilhos para andar a cavalo ou a pé, um campo de golfe, e a lista continua. 

O “mega condomínio” mantém-se fiel à sua palavra, sendo assim um empreendimento de luxo com a maior qualidade de serviço nas mais variadas classes de ativos. A sustentabilidade associada é a vertente mais característica deste projeto, uma vez que foi a base para a qual irão assentar todas as várias componentes existentes no South Valley. Atualmente, com a crescente importância de uma pegada ecológica leve, procurou-se conjugar a sofisticação com o baixo impacto ambiental, e óbvio que para concretizar essa ligação é necessário contar com a mais recente tecnologia de ponta não só na construção, como principalmente numa ótica de utilizador. Hoje em dia, esta aposta na sustentabilidade anda de mãos dadas com a qualidade vida e valorização geral do projeto, sendo que se torna uma relação ‘win/win’.

O projeto inicial abrange um terreno com 126 hectares. Este terreno foi comprado? Quem são os donos? Pode saber-se o valor?

Este terreno resulta de vários terrenos que foram sendo adquiridos ao longo de uma década. A restante informação mantém-se confidencial.

Lê-se no site da TOTE SER que o projeto irá contar com a gestão ativa por parte da TOTE SER, em parceria com proprietários internacionais. Quem são estes proprietários internacionais e como nasceu esta parceria? 

A TOTE SER conta já com 30 anos de experiência no mercado português, na representação de investidores imobiliários, alargando a sua área de atuação à gestão de ativos, gestão de património, estudos de mercado, reabilitação e reconversão de ativos, entre outros. Esta expertise conta já com uma relevância significativa a nível nacional, o que nos últimos anos tem vindo a crescer maioritariamente para os mercados internacionais. Fomos contactados pelos proprietários (solicitada confidencialidade), e foi-nos questionado se haveria interesse por parte da TOTE SER na gestão do ativo. Na ótica da TOTE SER, a rentabilidade é o foco principal, mas quando se trata de rentabilidade aliada à conceção de espaços deste nível, que irão proporcionar qualidade vida e uma afirmação internacional das nossas qualidades como país, é infinitamente melhor. Esta é, portanto, uma oportunidade de fazer um ‘showcase’ do que concebemos há 30 anos, e de certa forma ser a cara deste projeto tão ambicioso de que tanto nos orgulhamos pelo seu contributo na saúde e bem-estar do ser humano com sustentabilidade, seja ao nível ecológico como financeiro pelo seu retorno generoso.

Qual o investimento necessário para fazer nascer um projeto desta envergadura?

250 milhões de euros.

É referido que projeto está em fase final de planificação e que está aberta a possibilidade de participação de um ou vários co-investidores. Tem havido interesse por parte destes co-investidores, mesmo em tempos de pandemia?

Sem dúvida. O panorama do mercado de grande investimento tem evidenciado uma resiliência incrível, isto devido às otimistas previsões por parte dos grandes fundos de investimento. Tendo uma vasta experiência em ativos oportunistas e de valor acrescido, temos a certeza que a altura de investir é sem dúvida agora. Pode parecer imaturo apoiar investimentos de alto risco numa altura onde a instabilidade nunca foi maior, mas digamos que quer investir num terreno ou num projeto do zero. Se o projeto levar cerca de três ou quatro anos a ser concluído, estará a olhar para 2024 – por essa altura, estima-se que a economia já começou novamente a normalizar, e a alavancagem resultante de ter um ativo totalmente novo, altamente sofisticado e capaz no mercado será suficiente para gerar grandes retornos e pô-lo no mercado a valores altos. Essa é a mesma filosofia que um pequeno número de investidores teve com a crise de 2008, e foram esses mesmos indivíduos que foram chamados de “loucos”. 

"Em termos do South Valley, existem já algumas classes de ativos com reservas e CPCV’s assinados, no entanto, existem ainda vários ativos por alocar e há ainda a possibilidade de adquiri-los"

O que sabemos é que a maioria deles tornaram-se referências no mercado imobiliário depois do seu retorno reforçado alguns anos depois. E o que por nós não é dito, o mercado faz questão de revelar. Já nesta semana [meados de dezembro] a cadeia Hilton procedeu à aquisição de três hóteis – em plena pandemia. Em termos do South Valley, existem já algumas classes de ativos com reservas e CPCV’s assinados, no entanto, existem ainda vários ativos por alocar e há ainda a possibilidade de adquiri-los. 

Quais são os próximos passos a dar tendo em vista a concretização do projeto?

Os próximos passos visam a comercialização da totalidade dos ativos, fechar a rede de co-investidores e passar às escrituras, seguida do planeamento das infraestruturas e por fim da construção.

Fazendo uma previsão, quando é que o South Valley poderá sair “do papel” e começar a ser construído? E quando se prevê que as obras estejam concluídas?

Este será um projeto para os próximos cinco anos.

Estamos a falar daquele que será o primeiro mega condomínio ‘anti-aging’ e bem-estar de luxo da Europa. Trata-se, portanto, de um conceito inovador. O projeto contribuirá para colocar Portugal, e o Algarve em particular, no radar, nomeadamente tendo em conta um cenário pós-Covid-19? 

Como disse anteriormente, este projeto apela a um ‘target’ que apesar de existente, não tem infraestruturas deste calibre, tendo em conta as diferentes atividades que agrega, o IT associado e a sua preocupação ambiental que lhe dá um carácter diferenciador, para poder desfrutar, seja em Portugal, seja na Europa. 

"É verdade que existem ‘health villages’ pela Europa fora, mas um mega condomínio que englobe vertentes de hotelaria, residência, cuidados de saúde e a beleza envolvente do Algarve com este nível de requinte e qualidade, não há dúvidas que é o único. (...) Acreditamos que o South Valley irá ocupar o título de “polo” do turismo de saúde na Europa"

É verdade que existem ‘health villages’ pela Europa fora, mas um mega condomínio que englobe vertentes de hotelaria, residência, cuidados de saúde e a beleza envolvente do Algarve com este nível de requinte e qualidade, não há dúvidas que é o único. Além de todas as mais variadas características que o tornam único, este projeto vai além de um simples empreendimento altamente capaz. O South Valley irá proporcionar ao Algarve uma oportunidade para captar um turismo de target superior e mais abrangente. O turismo de saúde, tal como é rotulado, está cada vez mais forte e em constante expansão. Isto é de uma importância acrescida, uma vez que a performance de Portugal face ao coronavírus deu cartas pelo mundo inteiro – as pessoas viram que Portugal representa uma incrível segurança, infraestruturas novas e altamente capazes, bem como um destino ‘prime’ para viver. Acreditamos que o South Valley irá ocupar o título de “polo” do turismo de saúde na Europa, até pela sua vertente Hospital-Campus Universitário.

Aproveito para dizer que uma das razões principais para os proprietários nos terem contactado deve-se à nossa aclamada prática de arquitetura direcionada para o investimento e experiência do utilizador na componente imobiliária. A assessoria da TOTE SER vai além da pura gestão do ativo, proporcionando assim a experiência e conhecimento de três décadas de desenvolvimento e valorização imobiliária. Este desafio foi consequentemente visto como uma oportunidade de conjugar a máxima eficiência de construção na área que se tem, com uma otimização e fluidez de espaço incomparável.

 

Por: Idealista