As novas variantes do coronavírus são mais contagiosas e espalham-se mais rápido. Os cuidados devem ser redobrados, a começar desde logo pela máscara.

As máscaras caseiras de tecido não são a melhor opção para evitar o contágio, sobretudo por causa das novas variantes do vírus – a inglesa, detetada no Reino Unido e a da África do Sul, por exemplo, já chegaram a Portugal. Em virtude destas novas ameaças, potencialmente mais perigosas, alguns países da Europa estão a recomendar à população a não utilização de máscaras de pano, devido a ineficácia da proteção contra o coronavírus e porque as novas mutações serão mais facilmente transmitidas.

A Alemanha, por exemplo, está a ponderar tornar obrigatório o uso de máscaras FFP2/N95 para todos os cidadãos em lugares como lojas, supermercados e transportes públicos, segundo o The Guardian, e a medida já foi aplicada na região da Baviera. A Áustria quer fazer o mesmo, e as autoridades de saúde francesas também já aconselharam a população a usar máscaras de melhor qualidade e que ofereçam maior proteção.

O Conselho Superior de Saúde Pública de França afirma que as máscaras de tecido, muitas vezes feitas em casa, só filtram 70% das partículas disseminadas no ar, e recomenda máscaras com maior poder de filtragem, como as cirúrgicas, que são mais protetoras.

“Máscaras de categoria 2 ou de tecido filtram apenas 70%, enquanto máscaras de categoria 1, como máscaras cirúrgicas, podem chegar a 95% se usadas corretamente. Como a variante é mais facilmente transmitida, é lógico: usar máscaras com o maior poder de filtragem ”, disse Daniel Camus, do Instituto Pasteur em Lille e um membro do HCSP, ao France Info.

Uma solução alternativa poderá passar pela utilização de uma máscara adicional. Por exemplo, colocar uma máscara cirúrgica, cobrindo-a depois com uma máscara de pano em situações de maior risco. Ainda assim, e segundo os especialistas citados no The New Yort Times, o ideal será utilizar máscaras mais eficazes para andar de transportes, ir ao médico ou a uma loja, e redobrar os cuidados de higiene e distanciamento.

 

Por: Idealista