O aumento foi ligeiramente inferior do que o previsto nos dados preliminares avançados pelo INE em 2021, que apontavam para um aumento para 467.495 residentes.
Em termos regionais, o Algarve (3,6%) e a Área Metropolitana de Lisboa (1,7%) foram as únicas regiões NUTS II (nomenclatura de unidade territorial para fins estatísticos) que registaram um crescimento da população nos últimos dez anos.
Segundo os dados do INE, a população do distrito de Faro apresenta uma variação de crescimento positiva de 3,6%, contando com mais mulheres (240.568) do que homens (226.775) entre os habitantes dos 16 concelhos.
Apesar do aumento populacional verificado entre 2011 e 2021 se ter observado na maioria (11) dos concelhos da região, os municípios de Alcoutim (-13,5%), Monchique (-9,6%), Castro Marim (-4,5%), Olhão e Vila Real de Santo António (ambos com -1,7%) perderam residentes, de acordo com os dados.
O aumento populacional verificou-se, por ordem decrescente, nos concelhos de Vila do Bispo (+8,7%), Albufeira (+8,1%), Lagos (+7,8%), Portimão (+7,6%), São Brás de Alportel (+5,5%), Tavira (+5,1%), Faro (+4,0%), Lagoa (+3,2%) Loulé (+3,0%), Aljezur (+2,7%) e Silves (+1,7%).
Os dois concelhos algarvios que perderam mais população em termos percentuais foram Alcoutim, que contabiliza agora 2.523 habitantes (menos 394 do que em 2011), e Monchique, que atualmente conta com 5.462 habitantes (menos 583 do que em 2011).
Por outro lado, Vila do Bispo foi o concelho que mais cresceu em termos percentuais na última década no Algarve, passando de 5.258 em 2011 para 5.717 residentes em 2021, enquanto Albufeira tem agora 44.164 contra os 40.828 de 2011 e Portimão viu a sua população passar de 55.624 para os atuais 59.845.
De acordo com os resultados definitivos do Censos 2021, Portugal perdeu 2,1% da população entre 2011 e 2021, invertendo a tendência de crescimento registada nas últimas décadas.
"Residiam em Portugal, à data do momento censitário, dia 19 de abril de 2021, 10.343.066 pessoas (4.920.220 homens e 5.422.846 mulheres), o que representa um decréscimo de 2,1% face a 2011", adiantou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o INE, essa redução constitui uma inversão na tendência de crescimento da população que se verificou nas últimas décadas e representa a "segunda quebra populacional registada desde 1864, ano em que se realizou o I Recenseamento Geral da População".
A fase de recolha dos Censos 2021 decorreu entre 05 de abril e 31 de maio e os dados referem-se à data do momento censitário, dia 19 de abril de 2021.
