A Câmara de Vila Real de Santo António tem em curso negociações com a limpeza e recolha de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no município para melhorar o serviço e conseguir um melhor custo-benefício, anunciou hoje a autarquia.

A Câmara algarvia indicou que a renegociação do contrato com a empresa Ecoambiente, que está em vigor desde março de 2017, vai permitir “rever e ampliar os serviços de limpeza e recolha de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no concelho” e pôr termo aos “incumprimentos” que levaram o município a dever à empresa 1,2 milhões de euros.

“O contrato, que tem estado a ser renegociado com a empresa, foi objeto de diversas alterações e prevê um aumento dos níveis de cobertura, eficácia e dotação de recursos humanos, de forma a garantir a correta limpeza e higiene pública de todo o concelho”, adiantou a autarquia.

A mesma fonte vai abordar os partidos com representação municipal para “apresentar os contornos do novo contrato e recolher contributos e sugestões” e espera que a negociação com a empresa concessionária do serviço resulte em “ganhos na eficácia e eficiência dos serviços prestados, procurando corrigir situações que têm motivado queixas da população” devido à acumulação de lixo nas ruas.

“Por outro lado, o novo contrato visa obter a melhor relação custo-benefício para a autarquia - que irá honrar todos os encargos que vierem a ser definidos no acordo - para que assim possa ser prestado um serviço de excelência à população em matéria de limpeza urbana”, assegurou a Câmara do distrito de Faro.

A Câmara de Vila Real de Santo António esclareceu ainda que o novo executivo municipal liderado por Álvaro Araújo (PS) pretende assim “evitar o conjunto de incumprimentos” que, nos últimos anos de 16 de gestão liderada pelo PSD, resultaram na acumulação de uma dívida à empresa no valor de 1,2 milhões de euros”.

A autarquia frisou que os incumprimentos somados desde 2017, quando o serviço passou da entretanto extinta empresa Municipal Sociedade de Gestão Urbana (SGU) para o concessionário, poderiam colocar “em causa a eficácia e a sustentabilidade da operação”.