O secretário de Estado Adjunto e da Saúde reconheceu hoje que o ano 2021 será decisivo para preparar o futuro do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e defendeu o «percurso transformador» de Portugal durante a pandemia de covid-19.

“O ano 2021 será decisivo para preparar o futuro do SNS, através da redução das desigualdades e das assimetrias. Mas é preciso olhar para o capital humano que temos, melhorando cada vez mais as condições de trabalho, que é fundamental para o progresso das instituições”, afirmou António Lacerda Sales, do lado do Governo durante uma interpelação do CDS-PP sobre a gestão da pandemia pós-estado de emergência, na Assembleia da República.

De seguida, o governante identificou cinco grandes prioridades, nas quais destacou o objetivo de “assegurar a vacinação a toda a população”, a “gestão da matriz de risco” – em que defendeu ser “necessário continuar a apostar no referencial da incidência e do R [índice de transmissibilidade] -, a recuperação da atividade assistencial, a preparação do inverno 2021-22 – em que frisou o aumento de mais de 100 mil doses da vacina da gripe – e a promoção do robustecimento do SNS, que garantiu não se esgotar no Plano de Recuperação e Resiliência.

“É por isso essencial compreender os últimos 15 meses e o percurso transformador que Portugal e os portugueses fizeram: um percurso alicerçado na redução da pressão dos serviços de saúde, no reforço dos meios e na preparação do país para a nova realidade. É necessário encarar os próximos tempos como decisivos”, enfatizou.

Lacerda Sales considerou que a pandemia “transformou profundamente a vida da sociedade contemporânea” e que o “futuro não será como dantes”, mas realçou a “extraordinária mobilização social” dos portugueses, o avanço digital no setor e o reconhecimento das capacidades dos profissionais de saúde.

“Sabemos que há muito a fazer, mas isso não pode apagar o que de positivo tem sido feito. Fizemos da crise um momento de superação e resiliência”, frisou, respondendo diretamente à interpelação inicial do CDS-PP realizada pelo deputado Telmo Correia: “Sorte não sei se tivemos, mas garanto que nunca hesitámos em tomar medidas. Tivemos de tomar medidas muito difíceis num cenário em que nenhum Governo teve de tomar na história democrática”.

Em Portugal, morreram 17.057 pessoas dos 861.628 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.