Portugal regista uma situação pandémica de covid-19 de «moderada intensidade», mas com uma tendência decrescente em todo o país e na pressão sobre os serviços de saúde, indica o relatório das «linhas vermelhas» hoje divulgado.

“A análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de infeção por SARS-CoV-2 de moderada intensidade, com tendência decrescente a nível nacional, assim como na pressão sobre os serviços de saúde e na mortalidade por covid-19”, refere o documento.

Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), o número de novas infeções por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 231 casos, e apenas o Algarve regista uma incidência superior ao limiar de 480.

O grupo das pessoas entre os 20 a 29 anos apresenta o valor mais elevado neste indicador, com 479 casos, mas também a diminuir, e a faixa etária dos idosos com 80 ou mais anos registou uma incidência cumulativa a 14 dias de 116 casos por 100 mil habitantes, o que “reflete um risco de infeção inferior ao risco da população em geral, com tendência decrescente”, adianta o documento. 

Relativamente aos serviços de saúde, o número de pessoas com covid-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente está a decrescer, correspondendo a metade do valor crítico definido de 255 camas ocupadas, quando na semana anterior era de 55%.

Na quarta-feira, estavam em UCI 127 doentes, adianta o relatório, que avança ainda que a proporção de testes positivos foi de 3,1%, encontrando-se abaixo do limiar definido de 4,0%.

No que se refere à mortalidade atribuída à covid-19, apresenta também uma “tendência estável a decrescente”, com 14,1 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, o que corresponde a um decréscimo de 03% relativamente à semana anterior.

Este valor é inferior ao limiar de 20 óbitos definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC).

“Observou-se uma diminuição do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias”, com um total de 314.823 despistes da covid-19, contra os 346.320 realizados na semana anterior, indicam os dados da DGS e do INSA.

O relatório refere ainda que mais de 29 mil pessoas com a vacinação completa contra a covid-19 foram infetadas com o vírus SARS-Cov-2, o que representa 0,4% do total de vacinados, e 309 morreram, mas estes dados são atualizados mensalmente, o que aconteceu pela última vez a 03 de setembro.

A covid-19 provocou pelo menos 4.602.565 mortes em todo o mundo, entre mais de 223,06 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.843 pessoas e foram contabilizados 1.053.450 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.