Depois de uma fase piloto na região Norte, o projeto é alargado agora ao Alentejo, Algarve, Lisboa e Vale do Tejo e Centro, refere em comunicado a instituição.

O projeto das Unidades Móveis de Vacinação contra a covid-19, iniciado no Norte, estende-se agora ao resto do país para chegar mais depressa a pessoas com menor acesso aos circuitos de vacinação, anunciou hoje a Fundação Calouste Gulbenkian.

Depois de uma fase piloto na região Norte, o projeto da Fundação Calouste Gulbenkian, realizado em parceria com o Ministério da Saúde, é alargado agora ao Alentejo, Algarve, Lisboa e Vale do Tejo e Centro, refere em comunicado a instituição.

Entre 12 de março e 11 de abril, as cinco unidades móveis de vacinação disponibilizadas pela Fundação Gulbenkian à ‘task-force’ para a vacinação contra a Covid-19 circularam pela área de influência dos Agrupamentos de Centros de Saúde selecionados pela Administração de Saúde do Norte.

Segundo a instituição, as cinco carrinhas unidades percorreram 9.680 quilómetros para administrar 1.188 vacinas a populações com dificuldade de acesso aos circuitos normais de vacinação.

“A circulação destas cinco unidades pelo Norte do país (a que se juntou uma viatura ligeira) fazia parte do projeto piloto do Gulbenkian ‘Onde é Preciso’ e o balanço desta fase é claramente positivo”, salienta.

Agora, o projeto entrou noutra fase, com 15 viaturas ligeiras a circularem em Lisboa e Vale do Tejo, com quatro carrinhas no Alentejo, três no Algarve e oito carrinhas no Centro do país.

As unidades móveis nunca deixaram de circular pela região Norte, ressalva a Fundação Calouste Gulbenkian, anunciando que no decorrer desta semana serão entregues mais 14 à Administração Regional de Saúde (ARR) do Norte, dando assim cumprimento ao acordado com o Ministério da Saúde, de disponibilizar 50 unidades móveis, como forma de apoiar o Plano de Vacinação contra a covid-19.

“A vocação da Fundação Calouste Gulbenkian tem sido, desde o seu início, a de estar próxima dos mais vulneráveis. Depois de, no início da pandemia, termos lançado um Fundo de Emergência, neste momento tentamos ajudar as autoridades de saúde e a ‘task-force’ a chegar àqueles que têm mais dificuldade em aceder aos circuitos normais de vacinação”, sublinha a presidente da Fundação Gulbenkian, Isabel Mota, citada no comunicado.

“Com este projeto, a Fundação Calouste Gulbenkian mantém-se onde é preciso, à semelhança do que fez durante décadas com o programa das bibliotecas itinerantes. Foi com base neste espírito que desenvolveu este projeto, em parceria com o Ministério da Saúde”, realça a instituição.

Dados da Direção-Geral da Saúde indicam que já foram administradas em Portugal 3.845,140 vacinas, das quais 1.067.579 são segundas doses.

A covid-19 já matou em Portugal 16.992 pessoas dos 839.528 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.