Mais de 1.200 operacionais combatiam às 00:30 de hoje os quatro incêndios em Portugal continental que mobilizavam o maior número de meios e geravam as maiores preocupações, segundo a Proteção Civil.

De acordo com a informação disponível às 00:30 no ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o fogo em Ourém, distrito de Santarém, mobilizava o maior número de operacionais com 546 bombeiros no terreno, apoiados por 164 viaturas.

O incêndio que teve início às 15:25 de domingo, em Casal do Ribeiro, concelho de Ourém, originou durante o período da tarde cortes de energia, obrigou à retirada de pessoas de uma praia fluvial e esteve próximo de habitações, segundo as autoridades locais.

Em declarações no domingo à noite, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, confirmou o registo de dois feridos no fogo de Ourém, cuja gravidade ainda não era possível determinar.

Por outro lado, o fogo que lavrava desde as 15:33 de domingo em Avessada, concelho de Mafra, distrito de Lisboa, estava em fase de rescaldo, depois de ter consumido mais de 300 hectares, segundo adiantou à Lusa o presidente do município, Hélder Sousa Silva, por volta das 00:00.

No terreno pelas 00:30 encontravam-se 512 operacionais, com o apoio de 151 meios terrestres.

Ainda no distrito de Lisboa, o fogo em Bairro, concelho de Alenquer, que teve início às 15:41 de domingo, continuava em curso com 114 bombeiros, apoiados por 36 viaturas.

Já no distrito do Porto, o fogo em Sanche, concelho de Amarante, mobilizava 104 bombeiros e 30 meios terrestres.

O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) do Porto explicou ao final da tarde de domingo que o incêndio florestal tinha duas frentes ativas mas sem infraestruturas em risco.

Os 23 fogos ativos em Portugal continental eram combatidos pelas 00:30 por 1.379 operacionais, com o apoio de 400 meios terrestres.

No terreno, em fogos já em resolução ou extintos, mantinham-se 572 bombeiros, apoiados por 165 viaturas.

O ministro da Administração Interna adiantou no domingo que o estado de alerta especial vermelho entrará em vigor na terça-feira nos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda e Viseu, anunciando o reforço da fiscalização pela GNR e pelas Forças Armadas.

Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião, por videoconferência, com membros de outras áreas governativas para avaliar as condições meteorológicas e do risco de incêndio, José Luís Carneiro referiu que foi decidido “manter o nível de risco e de perigosidade nos termos em que vinha sendo feito até ao dia de hoje”, tendo já ficado agendada uma reavaliação para quarta-feira.

Cerca de 120 concelhos localizados sobretudo no interior Norte e Centro do país apresentavam no domingo perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A maioria dos concelhos do Norte e do Centro estavam em risco máximo de incêndio, o Algarve estava tendencialmente em risco muito elevado e quase todo o Alentejo em risco elevado de incêndio, segundo o IPMA.

O perigo de incêndio rural vai manter-se em risco máximo de incêndio no interior Norte e Centro do continente pelo menos até quinta-feira, prevê o IPMA.

 

Por: Lusa